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Em defesa do tabaco | Ministro do Desenvolvimento Agrário recebe representantes do setor do tabaco

Grupo levou informações acerca do ramo e as preocupações em torno da Convenção-Quadro

Ministro Paulo Teixeira (ao centro) esclareceu ao grupo que é favorável
à regulação atual ao setor, mas contrário à substituição da cultura
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Uma comitiva formada por representantes da cadeia produtiva do tabaco se reuniram na quinta-feira, 13, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em Brasília, para abordar as preocupações do setor acerca da 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). O grupo foi formado pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke; o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner; o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo; e o diretor-executivo do Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia (SindiTabaco-BA), Marcos Souza.

O grupo destacou a relevância econômica e social da produção e exportação do tabaco para o Brasil e endereçou a preocupação com a posição que será levada pelo País ao Panamá em novembro, especialmente sobre uma possível interferência no cultivo do produto. O ministro esclareceu ao grupo que é favorável à regulação atual do setor, mas contrário à substituição da cultura. Segundo Teixeira, o produtor deve ter assegurado o direito ao plantio do tabaco, especialmente diante dos bons resultados econômicos para o País. Ele ainda fez uma recomendação para que o setor invista mais na produção com bioinsumos.

Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, aproveitou a visita para informar sobre as pesquisas que demonstram que a cultura do tabaco está entre as que menos demandam agrotóxicos. “As empresas têm investido no controle biológico de pragas e buscado as melhores soluções quando o assunto é saúde e segurança do produtor”, comentou. Ele também reforçou o entendimento acerca da regulação brasileira. “Entendemos as questões de saúde que envolvem o nosso produto, mas enquanto houver demanda precisamos preservar o emprego e a renda gerada pela cadeia produtiva”, frisou.

POR QUE TABACO?

Além da garantia de venda do produto, a renda é fato determinante. Na última safra, a receita auferida pelos mais de 128 mil produtores de tabaco no Sul do Brasil ultrapassou R$ 9,5 bilhões. O último Censo Agropecuário, realizado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 3,9 milhões de propriedades rurais do Brasil foram caracterizadas como pertencentes à agricultura familiar no período e a produção nesses estabelecimentos gerou receita total de R$ 107 bilhões, uma média de R$ 27,4 mil por propriedade.

Para efeitos de comparação, na safra 2016/17, somente com o tabaco, o produtor recebeu, em média, R$ 40,5 mil, montante 32% acima da média brasileira. Há de se considerar ainda que, por ser diversificado, o agricultor aufere outras receitas, mas o tabaco se destaca nos rendimentos da pequena propriedade: apesar de ter ocupado apenas 17% da área da propriedade no período, o fumo representou, em média, 52% da receita do produtor, segundo a Afubra.

Afubra integra comitiva na visita ao ministro Paulo Teixeira

Representantes do setor se reuniram com o ministro
Divulgação/MDA
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Ainda em Brasília, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, participou, na quinta-feira, 13, da visita ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O objetivo foi levar informações e dados sobre a relevância econômica e social da cadeia produtiva do tabaco para o Brasil. Na pauta, a preocupação com a posição brasileira que será apresentada na Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que ocorrerá de 20 a 25 de novembro deste ano, no Panamá.

Werner classificou o encontro como muito bom, com excelentes perspectivas. “O ministro Paulo Teixeira deixou clara a sua posição favorável à regulação atual ao setor e contrário à substituição da cultura, pois entende que o plantio do tabaco traz resultados econômicos ao Brasil e o produtor deve ter a garantia de poder plantar tabaco”, comentou.
O encontro teve a participação do presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke; do diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo; e do diretor-executivo do Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia (SindiTabaco-BA), Marcos Souza.

A Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (10ª COP) ocorrerá de 20 a 25 de novembro, enquanto a terceira sessão da Reunião das Partes (MOP 3) do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilegal de Produtos do Tabaco será no mesmo mês, de 27 a 30, também no Panamá.

Entidades e autoridades pedem apoio ao ministro da Agricultura

Expectativa da comitiva que esteve em Brasília é que Carlos Fávaro
possa ser mais um interlocutor da cadeia produtiva do tabaco dentro do governo
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Entidades representativas da cadeia produtiva do tabaco foram recebidas na quarta-feira, 12, pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em Brasilia, em audiência marcada pelo deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar e da Comissão de Indústria e Comércio da Câmara. Estiveram presentes representantes de SindiTabaco, Afubra, Fetag/RS, Abifumo e Amprotabaco, e a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (Progressistas).

Na pauta, a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que será de 20 a 25 de novembro deste ano no Panamá, e retomará a discussão, em âmbito mundial, de novas regras para a produção de tabaco e uma possível exigência de diminuição da área plantada. O grupo reforçou ao ministro a importância da fumicultura para a economia do País e à agricultura familiar, apresentando dados sobre o desempenho do setor e pedindo sensibilidade nas posições a serem adotadas pela delegação oficial brasileira na COP 10.

Para Heitor Schuch, o governo federal precisa considerar que essa é uma cultura consolidada, que envolve mais de 128 mil famílias de produtores, gera milhares de empregos e é a base da economia de 488 municípios da Região Sul do Brasil. A expectativa é que Carlos Fávaro possa ser mais um interlocutor da cadeia produtiva do tabaco dentro do governo. As entidades já haviam sido recebidas pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). “Tivemos a oportunidade de colocar todos os nossos argumentos e acredito que ganhamos mais um aliado em favor dos produtores, nessa atividade que é fundamental para a economia do País, fonte de desenvolvimento, emprego e receita na agricultura e na cidade”, frisou.