Tiago Mairo Garcia
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Considerado um dos profissionais mais adorados ou “odiados” dos restaurantes, os garçons e garçonetes são os responsáveis pelo bom atendimento e agilidade no serviço de qualquer estabelecimento. As pessoas que servem os clientes são peças fundamentais, assim como os membros da cozinha, para tornar um local famoso e de qualidade. Ninguém sabe ao certo porque o Dia do Garçom é comemorado em 11 de agosto, mas o importante é lembrar deste profissional que sempre trata os clientes com atenção e carinho, seja na hora do almoço ou jantar.
Atender ao cliente com atenção é a principal característica de Eliseu Carvalho, 47 anos. Garçom há 17 anos no Restaurante Gerhke, de Santa Cruz do Sul, o profissional conta que sempre gostou de trabalhar com o público. “É uma profissão que gosto por estar em contato com pessoas”, frisa o profissional. Carvalho iniciou na profissão como barman e após ingressou no restaurante como garçom para trabalhar durante o dia. À noite ele também exercia a profissão no Restaurante Centenário, mas o serviço acabou sendo suspenso em razão da pandemia.
Para ser garçom, Eliseu conta que realizou um curso profissionalizante onde aprendeu técnicas teóricas de atendimento ao cliente. Ele ressalta que o atendimento com atenção é uma de suas principais características. “Atender com educação para mim vem de casa, da família. O cliente gosta de ser bem tratado e com respeito, principalmente na hora sagrada da refeição”, frisou. Sobre técnicas práticas, Eliseu conta que o garçom aprende a segurar a bandeja sempre com a mão esquerda e com a mão direita colocar os pedidos na mesa. “É preciso sempre ter atenção e equilíbrio”, salientou.
Sobre algum momento inconveniente no trabalho, ele lembra que foi questionado por uma cliente sobre a forma de tratamento. “Durante um atendimento eu me referi à cliente como senhora e ela se incomodou achando que fosse pela idade. Pedi desculpas e expliquei que trato as pessoas nesta forma como sinal de respeito. Para mim todo cliente é amigo e procuro sempre tratar de forma educada e respeitosa”, destacou.
Além do trabalho como garçom, Eliseu também atua há quatro anos como empresário na área de produtos terapêuticos. Ele lembra que a nova oportunidade surgiu durante um atendimento no restaurante. “Um cliente gostou da forma como eu tratava as pessoas e me convidou para atuar como vendedor nesta área”, conta. Casado e pais de dois filhos, de 12 e três anos, ele destaca que consegue conciliar os horários nas funções e estar com a família. Para quem deseja seguir na profissão de garçom, Eliseu salienta que é necessário gostar de trabalhar com o público. “Ser garçom é para quem gosta. Muitos não seguem adiante por trabalhar em horários alternativos como almoços, jantares e eventos aos fins de semana. É para quem gosta e a família precisa entender por ser emprego”, disse ele.
Sobre o fato de a profissão ter sido uma das mais afetadas com o cancelamento de festas e eventos em razão da pandemia, ele destacou que os garçons têm se reinventado para sobreviver. “Para quem quer trabalhar é preciso dar um passo à frente. A pandemia veio para a gente pensar e dar valor à saúde, à vida, sendo necessário buscar outras formas e se reinventar para superar as dificuldades e viver com alegria”, finalizou.