O exercício da cidadania manifestado pelo voto direto aos cidadãos ou cidadãs que escolhemos para nos representar, é o mais puro direito que a democracia nos permite. É uma expressão de liberdade; é um ato de ir e vir em direção ao respeito da vontade própria.
As eleições, como um todo, nos permitem isso. No momento atual, onde a crise política é imensa, é que devemos priorizar esse direito. Não adianta ficarmos reclamando dos políticos ou da política pois a democracia é composta por eles. Evidente que o problema não é apenas da política mas, principalmente dos políticos que dela se locupletam, dela se apoderam para benefícios. É através das eleições que veremos derrotas e vitórias de pessoas e de projetos onde mais cedo ou mais tarde estaremos inseridos.
A derrota deve ser reflexiva, deve ser analisada com tranquilidade pois poderá ser norteador de um novo caminho, de uma nova história. Embora seja uma situação difícil, não deve sepultar sonhos e esperanças. Ela deve ser respeitada e jamais humilhada. A história dos homens é como uma avenida de mão dupla: uma hora estamos indo, noutra poderemos estar voltando… Os erros são degraus para o conhecimento pois aprendemos muito com eles, e as derrotas podem e devem ter esse mesmo efeito.
A vitória é uma conquista de objetivos previamente estabelecidos. É uma satisfação intensa de difícil explicação. Deve ser humilde e respeitosa pois, onde existe vencedor existirá um perdedor. Sentimentos opostos de alegria e tristeza e a dor alheia, sempre deverá ser respeitada. Deve ser conciliadora e holística, sem nenhum tipo de preconceito ou desdém. A vitória deve ser para o bem de todos e não apenas de alguns.
A educação deve estar presente nos processos eleitorais. Deve fazer parte dos conteúdos escolares. A escola deve enfatizar os processos políticos que houveram nos nossos municípios, nos estados e nos países, juntamente com seus processos históricos. A história nos mostra tantas vitórias e derrotas, com seus erros e acertos. Quanto mais educarmos para o voto consciente e racional, mais chance teremos de melhorar a qualidade dos políticos e consequentemente, da política como um todo. Por mais descontentes e incrédulos que estejamos com política, a abstenção ou nulidade são processos que não irão permitir reclamações futuras. Quem cala, consente!
Que os vitoriosos desta eleição sejam pessoas do bem e possam representar dignamente seus eleitores, sempre na busca constante de um mundo melhor para todos.