Em Assembleia Geral realizada na última quinta-feira, 7 de julho, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, os professores e funcionários do Estado decidiram suspender a greve que vinha acontecendo desde o dia 13 de maio. A paralisação, que chegou a completar hoje 53 dias de duração foi a maior dos últimos 25 anos. O retorno às aulas ocorre na próxima segunda-feira, 11 de julho.
Na ocasião, os educadores aprovaram o documento enviado na tarde de ontem pelo governo, após reunião com o Comando de Greve do CPERS. O documento garante avanços conquistados através da resistência dos educadores como a revogação do Difícil Acesso, a garantia do pagamento dos dias parados dos grevistas e o comprometimento do governo em não criminalizar o movimento dos estudantes que realizaram as ocupações e dos educadores que aderiram à greve.
“Com muita coragem e prudência vamos suspender a greve. É um recuo tático para voltarmos com muito mais força contra este governo intransigente e autoritário”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. Em sua fala ela também lembrou das ocupações de estudantes que ocorreram por todo o estado. “Esta greve foi histórica, pois pela primeira vez no Estado conquistamos o apoio da comunidade escolar”.
O CPERS orienta a direção de todos os Núcleos que, a partir da Gestão Democrática, iniciem a organização do calendário de recuperação dos dias letivos e das horas aulas, os quais devem ser aprovados pelos Conselhos Escolares e encaminhados às Coordenadorias Regionais de Educação – CREs.
Mobilização continua
Apesar do fim da greve, a presidência do CPERS garante que as manifestações não vão parar. “Continuaremos nas ruas, cada vez mais fortes para barrar os ataques dos governos Sartori, Temer e seus aliados”. Por isso, outra votação realizada durante a Assembleia foi a da pauta de mobilizações da categoria, também aprovada.
Algumas da pautas mobilização que serão realizadas nos próximos meses são a Campanha “Sartori Inimigo da Educação – FORA SARTORI”; campanhas na mídia contra o PL 44/2016 e participação em audiências públicas como a que acontecerá na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, referente ao assunto, no dia 15 de julho às 9h30; participação na Campanha Fora Temer e organização de conferências regionais a partir de agosto com o objetivo de discutir e repensar a escola.