Estamos vivendo um momento nunca antes visto no Brasil em todas as suas áreas de governo. Como os temas são complexos, limito-me a comentar sobre o que decidi para minha vida profissional: a Educação. Na verdade não é apenas minha vida profissional, mas também pessoal, pois toda educação inicia-se no âmbito familiar.
Jamais devemos tratar educação familiar e educação escolar com antagonismos, discrepâncias. Uma deve complementar a outra e juntas devem procurar o mesmo objetivo, que é o crescimento do ser humano como um todo. Agora ambas são distintas, com seus direitos e deveres diferenciados e protagonistas próprios. Querer que uma assuma o papel da outra é transferir responsabilidades, com pessoas que podem não estar preparadas para tal compromisso.
Tenho observado absurdos envolvendo a educação, como falácias que beiram o ridículo, demonstrando total despreparo por seus mandatários. Um Ministro da Educação que escreve “inisiativa com s” e “paralização com z”, é triste para aqueles que pregam o conhecimento como passo importante para o sucesso do país.
Os professores não podem ser legados a um segundo plano e serem substituídos por pais na educação de seus alunos, até porque não têm o conhecimento acadêmico necessário. Provavelmente a maioria não cursou uma faculdade para ensinar ou mediar os conhecimentos necessários do ano ou série que seu filho está cursando. Isso beira insanidade. Claro que o acompanhamento da família e todo apoio caseiro é e sempre será importante ao jovem, mas isto se deve ocorrer durante toda a vida. Aliás, um dos grandes desafios é aproximar os pais da escola, já que muitos não o fazem por falta de tempo. Pelo contrário, muitos “despejam” os filhos na escola para trabalhar ou desenvolver outras atividades do dia a dia. Talvez isso sirva para que os profissionais da educação abram seus olhos e reaprendam a escolher seus representantes, visto que no amanhã que se aproxima, os governantes sequer conhecem o que é Educação. Agora esperamos que os profissionais da educação sejam mais valorizados, pois todos estão sentindo na pele a sua importância. Nisso a pandemia está servindo para uma profunda reflexão.