Uma das consequências da pandemia do novo coronavírus foi o adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021. Inicialmente, o megaevento esportivo estava marcado para ocorrer entre julho e agosto deste ano. Superar a pandemia é prioridade no atual momento, e precisamos nos inspirar em bons exemplos, na capacidade de superação do ser humano. Um desses exemplos é o gaúcho Dunga, natural de Ijuí, atleta olímpico e medalha de prata nos Jogos de Los Angeles, em 1984, jogando na seleção brasileira de futebol masculino.
Dunga começou sua trajetória como jogador no Internacional de Porto Alegre, passou por Corinthians, Santos, Vasco da Gama, futebol italiano, alemão e japonês, encerrando a trajetória no Inter. A camisa que mais marcou sua carreira foi a verde-amarela da seleção brasileira. Em 1989, ajudou o Brasil a ser campeão da Copa América, título que nossa seleção não vencia desde 1949.
Um ano depois do título continental, em 1990, Dunga viveria seu momento mais complicado e difícil. Na Copa do Mundo disputada naquele ano, em terras italianas, foi responsabilizado publicamente pela derrota nas oitavas de final para a Argentina, inclusive por setores da imprensa. Mas a perseverança de Dunga foi, de fato, exemplar. Em 1993, durante as Eliminatórias da Copa 1994, ele recuperou a titularidade na seleção. Depois, durante a Copa, conquistou o posto de capitão da equipe e ajudou o Brasil a ser campeão mundial, após 24 anos sem o título para a seleção brasileira.
Em 1990, injustamente criticado. Em 1994, capitão do Brasil campeão mundial. Esta foi a superação de Dunga, o grande jogador que ergueu a Taça Fifa. Em tempos de pandemia, o exemplo do capitão merece ser lembrado, pois o momento é difícil, mas a condição humana oferece, muitas vezes, a chance de dar a volta por cima. E temos esta chance.