O empresário Luciano Hang, dono da Havan, apresentou recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou suspender suas contas nas redes sociais. Segundo ele, impedi-lo de fazer publicações é censura prévia. Além disso, a defesa alegou que o direito de informação dos milhões de cidadãos que o seguem. Hang foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) na manhã de quarta-feira, em cumprimento a ordens expedidas por Moraes.
O ministro do STF mandou apreender equipamentos eletrônicos de 17 pessoas simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro e suspender suas contas nas redes sociais. No caso de quatro delas, incluindo Hang, também determinou o levantamento do sigilo bancário e fiscal. As decisões foram tomadas no âmbito do inquérito aberto para investigar ataques e ofensas à Corte e seus integrantes.
Hang faz dois pedidos. Um deles para apenas para desbloquear as redes sociais, sem menção às outras medidas impostas por Moraes. E o outro para suspender todo o inquérito, nos moldes de solicitação feita na quarta-feira, 27, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
Moraes delimitou dois grupos: um com pessoas que fariam os ataques, e o outro com os suspeitos de financiá-los, no qual estaria o empresário. No recurso ao STF, Hang se encaixa nessa distinção, e também argumenta que o bloqueio é “uma severa violação” à liberdade de expressão.
A defesa de Hang afirmou: “Firme nessas garantias o agravante (Hang) exerce seu direito de manifestação cotidianamente em suas redes sociais, onde é acompanhado por milhões de pessoas. Repita-se: no Facebook Luciano Hang tem 4.959.473 seguidores, mais de 3 Milhões no Instagram e 371,9 mil no Twitter.”