Luciana Mandler
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Suelyn dos Santos, de 30 anos, é doceira, ela ainda está se recuperando e tentando se reerguer após ter sido atropelada em agosto, e no dia 2 de novembro, feriado de Finados, teve parte de sua residência consumida por um incêndio, assim como a casa de seu tio Elemar Machado dos Santos, de 61 anos, que teve perda total. Embora a residência dos pais de Suelyn seja no mesmo terreno, não foi atingida pelo fogo.
“Não sabemos de onde veio o incêndio, mas acreditamos que foi um curto circuito. Foi tudo muito rápido”, recorda. No momento do sinistro, Suelyn estava em casa com o filho de cinco anos, os pais e o tio. “Quando sentimos o cheiro de fumaça só deu tempo de correr. Meu filho estava na piscina e eu só pensei em pegar ele e corri para a rua, porque voava muita telha”, conta.
Os primeiros sinais de fumaça foram vistos na casa de Elemar, tio de Suelyn. A residência toda de madeira foi consumida pelo fogo, enquanto que na parte geminada em que a doceira morava, parte foi destruída, como o telhado, forro, quarto e banheiro. “Nossas casas são grudadas. Com a rapidez do fogo, atingiu totalmente uma e parte da outra”, avalia. “Na casa da minha mãe não pegou nada”, acrescenta. “Os Bombeiros foram bem rápidos”, elogia.
Passado o susto maior, agora a família luta para se reerguer. Suelyn já recebeu algumas doações, mas diz que no momento está com dificuldades de achar pedreiro e eletricista. “De momento precisaríamos de alguém que possa ver a parte elétrica da casa e também alguém para colocar os forros e telhas”, aponta. Apesar de receber aos poucos ajuda, a doceira ainda precisa de madeiras para refazer parte do telhado onde precisa de novo forro.
O tio que perdeu tudo, por enquanto, não irá construir a casa novamente e irá morar com a mãe de Suelyn. “Estamos nos empenhando em fazer a minha casa em virtude das crianças. Enquanto isso meu tio ficará com minha mãe”, explica.
Alguns materiais e móveis já foram doados para Suelyn, porém, não estão com ela, pois ainda precisa erguer a casa para que possa pegar o que recebeu. A doceira ainda precisa de roupeiro.
Como já estava debilitada em decorrência do acidente que sofreu, a santa-cruzense vem sobrevivendo de doações de alimentos e também de valores, que podem ser feitos via PIX. “Amo o que faço e agora parei tudo de novo. Estamos recebendo doações e assim vamos indo”, revela. “Sei que Deus vai nos dar força e logo estaremos com a vida normal”, complementa. Quem puder e tiver interesse de ajudar com qualquer quantia em dinheiro, pode fazer PIX pela chave CPF 022.446.330-63, em nome de Suelyn Priscila de Moraes dos Santos (Banrisul).
“Estou bem, mas sob medicação. Bem abalada. Agora que estava melhorando da perna veio mais isso. Não está fácil, mas vamos superar. Deus poupou nossas vidas e isso é o que importa. Mas confesso que o psicológico está abalado demais”, finaliza.