Ricardo Gais
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A região dos Vales (R28) onde que se encontra o município de Santa Cruz do Sul, junto de mais outros 12 munícipios, nesta nona rodada de atualização do Distanciamento Controlado mantém a classificação de bandeira laranja. No entanto, o alerta para uma possível bandeira vermelha nas próximas atualizações não é descartado pelo Gabinete de Emergências.
A atualização realizada na sexta-feira, 3, pelo Governo do Estado, classificou o mapa preliminar com 10 regiões em bandeira vermelha (risco alto). Já durante o fim de semana, o governo avaliou recursos apresentado por estas regiões para uma possível mudança de bandeira. Foram apenas aceitas reconsiderações das regiões de Passo Fundo, Caxias do Sul, Erechim e Taquara, que ficarão com bandeira laranja.
No sistema utilizado para compor os indicadores, por muito pouco a região de Santa Cruz não ingressou na predominação de bandeira vermelha. Conforme os dados disponibilizados no site do Distanciamento Controlado, a média ponderada para que a região seja classificada com essa bandeira é de 1,50 pontos. Santa Cruz ficou com predominação laranja por apenas 0,4 pontos, ou seja, a média ponderada final ficou em 1,46.
Para a integrante do Gabinete de Emergências e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Cruz, Rosemari Hofmeister, a classificação da região traz alívio já que as atividades como comércio, indústrias, entre outros podem funcionar dentro do permitido. No entanto, há preocupações, devido à piora em alguns indicadores que formam a bandeira final. “Temos que nos atentar e cuidar, porque precisamos ser vigilantes e seguir os protocolos de distanciamento social e fazer o uso da máscara”.
Hofmeister destaca que com a chegada do inverno, o número de pacientes com síndromes gripais intensas é comum, mas neste período de pandemia os leitos clínicos de UTI também serão ocupados por pacientes com a Covid-19 ou outras doenças. “Temos que entender que estamos atravessando um período muito delicado”.
A região de Santa Cruz, nos 11 indicadores utilizados pelo governo, apresentou em três deles a bandeira preta, ou seja, de risco altíssimo para contaminação por coronavírus e, em outros três indicadores, registrou a bandeira vermelha de risco alto. Nos outros cinco indicadores, a região apresentou três bandeiras amarelas e duas laranjas, de risco médio/baixo.
Pedidos de flexibilização de atividades encaminhadas ao Gabinete de Emergências para análise continuam em pauta. No entanto, diante dos resultados desta semana, não há possibilidades de flexibilização, diferentes do previsto na bandeira laranja. “Temos alguns pedidos em análises e aprovação para o acolhimento ou não. Recentemente realizamos a adequação do decreto municipal ao estadual quanto a questão e o entendimento de quais são os grupos de risco e atividades profissionais das pessoas com 60 ano ou mais”, disse Hofmeister.