Diocese lança Campanha da Fraternidade de 2020

Grasiel Grasel
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Um dos períodos mais importantes para a Igreja Católica começou nesta semana, a Campanha da Fraternidade, que em 2020 terá o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. Realizada anualmente desde 1964, a campanha é adotada em todo o Brasil e leva milhões de fiéis a jejuarem e praticarem atos de caridade. A campanha ocorre junto da quaresma, que neste ano vai de 26 de fevereiro a 9 de abril.
A Campanha da Fraternidade foi realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte, com o objetivo de angariar fundos para atividades assistenciais da igreja. Se tornou uma campanha de nível nacional apenas em 1964, impulsionado pelo espírito renovador do Concílio Vaticano II, um concílio ecumênico convocado em dezembro de 61 pelo Papa João XXIII.
Ser realizada durante a quaresma não é por acaso, pois, para os Cristãos, este é um período de jejum, orações e, em especial, de caridade. A campanha, portanto, é também um grande esforço de caridade dos seguidores da Igreja Católica, que busca levantar recursos para investir em projetos sociais. Essa arrecadação acontece durante a “coleta da solidariedade”, geralmente no Domingo de Ramos, no último fim de semana antes da Páscoa. 
Na Diocese de Santa Cruz do Sul, uma das principais beneficiadas com as arrecadações do período é a Ação Social Diocesana (Asdisc), que atua na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Um de seus principais projetos financiados por recursos da coleta é o banco de sementes crioulas, que possui ações de cuidado com questões de meio ambiente.

Vista mundialmente como uma grande campanha de evangelização, a Campanha da Fraternidade é uma das principais apostas da Igreja Católica em sua aproximação com comunidades e com a fé. Ao mesmo tempo em que desenvolve projetos que buscam acolher novos fiéis, ela congrega grandes grupos em orações e ações de caridade. “Nesse período a gente chama a atenção das pessoas para que olhem para as necessidades dos irmãos, que as ajudem em suas necessidades, que não sejamos indiferentes”, explica o padre Roque Hammes, coordenador de pastoral da Diocese.
O que inspira o lema deste ano é a “Parábola do Bom Samaritano” (Lucas 10:25-37), que cita um homem que vê o necessitado no caminho, sente compaixão e o ajuda, diferentemente de outros que passaram antes dele e ignoraram o irmão caído. “Se nós vemos que alguma coisa não está bem, nós temos por obrigação a tarefa de ajudar a solucionar o problema, dentro de nossas possibilidades”, afirma pe. Roque.