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Diocese define prioridades para Ação Evangelizadora

Dom Canísio Klaus*

Motivados pelo Ano da Fé e pela acolhida da Cruz Peregrina, cerca de 300 lideranças das 51 paróquias da Diocese de Santa Cruz do Sul se reuniram, nos dias 17 e 18 de novembro, para avaliar o trabalho evangelizador que está sendo feito e definir as prioridades para os próximos quatro anos. Desde o primeiro momento, a assembléia foi motivada a deixar que o Espírito Santo agisse nos participantes e que as decisões fossem tomadas em sintonia com a Conferência de Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Depois de muito escutar e conversar, a Assembléia chegou à conclusão de que precisamos trabalhar na renovação das comunidades. Isso, porque a Igreja se concretiza na comunidade e as nossas comunidades estão passando por um período de estagnação e, conseqüente, esvaziamento. Para que esta renovação aconteça, a Assembléia optou pelas seguintes prioridades:
1º) Família como espaço originário de iniciação à fé cristã: O Documento de Aparecida diz que “No seio de uma família, a pessoa descobre os motivos e o caminho para pertencer a Deus” (nº 118). Na mesma linha, Bento XVI afirma que “a família tem sido e é escola de fé, palestra de valores humanos e cívicos, lar em que a vida humana nasce e se acolhe generosa e responsavelmente”.
2º) Juventude como desafio evangelizador para a Igreja: Testemunhamos, há poucos dias, a vibração da juventude com a acolhida à Cruz Peregrina e ao ícone Mariano. Em 2013, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e Juventude”. Em julho teremos a grande mobilização da juventude mundial no Rio de Janeiro, com a realização da Jornada Mundial da Juventude. Na Diocese, queremos aproveitar estes momentos de graça para aproximar a Igreja dos jovens e fazer que os jovens se sintam membros participantes da Igreja.
3º) Formação básica e de lideranças: Enquanto reconhecemos a importância e o valor da catequese que prepara as crianças e os adolescentes para os sacramentos, insistimos na necessidade da formação permanente. Para isso precisamos qualificar pessoas que possam levar em frente o processo da formação.
4º) Cuidado com a Vida: Junto com as outras organizações da sociedade, queremos afirmar que “o ser humano é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural, em todas as circunstâncias e condições de vida” (DA, 112). Igualmente queremos trabalhar junto com “os que se ocupam com a defesa da vida e do ambiente”, cientes de que a Igreja deve estar “a serviço da vida plena para todos” (DA, 472).
Temos assim as nossas prioridades eleitas para os próximos anos. A partir de agora devemos definir ações que nos ajudem a concretizá-las. É função que cabe à coordenação de pastoral, aos padres, e às lideranças das paróquias e comunidades. Esperamos que as celebrações do Ano da Fé, a Jornada Mundial da Juventude e as outras ações da Igreja em seus diversos níveis nos ajudem a promover uma nova evangelização “para que todos tenham vida rumo ao Reino definitivo”.

*Bispo Diocesano