Uma grande vitória do Internacional, soube administrar com autoridade a vantagem na casa do inimigo. Tem jogadores experientes e tem muita qualidade, inclusive para ser campeão outra vez da Libertadores. Com Dagoberto, e se o Damião voltar a jogar o que jogava antes da lesão, que eu insisto em dizer que não aconteceu ainda, e com o Alex Silva, ex-São Paulo, chegando para jogar ao lado do Índio, acho que o colorado tem o melhor time da América. Uma pena que o Grêmio que criou uma expectativa grande nos seus torcedores, acabou mostrando nos primeiros jogos que não passa de um time comum. Com um ataque que ainda pode dar certo, mas ainda não deu. A defesa não é confiável, Douglas não quer jogar, e o que tinha de bom no ano passado acabou sendo desmanchado numa aposta em Léo Gago e Marco Antonio que sem currículo nenhum chegaram para ser solução, e mostraram que são fracos… E agora? Torcedores irritados, com toda a razão, o tempo passou e não se encontra mais jogadores de qualidade que possam ou queiram sair de seus times. Giuliano e Carlos Eduardo seriam soluções, mas não vieram. Pobre torcedor gremista…
Li esta semana detalhadamente todo o livro do Nestor Kaercher, sobre a história do Avenida, que confesso, ainda não tinha lido, apenas passado os olhos. Lembrei afinal, o que eu havia feito com a camisa do clube na minha infância e adolescência. Então, vamos lá… Aos 13 anos comecei a jogar nas categorias de base, infanto-juvenil, depois juvenil… Profissional, e aos 19 anos, quando o Avenida jogou o Gauchão de 79, entrei em algumas partidas, e fui titular em poucas, mas uma que me lembro foi em Passo Fundo, quando o Avenida ganhou do Gaúcho por 1 x 0, gol do Zé Rodrigues, que assim como eu havia sido chamado pelo técnico Ely Santana para fazer parte do grupo naquele jogo. Mas o Santana me pediu para dar uma “encostada” no ponteiro esquerdo, o Téio, pois ele era rápido demais… Na primeira “chegada”, fui no meio, coisa de guri, e acabei expulso, prejudicando o time, que apesar disso ganhou. O outro jogo era o Ave-Cruz, e claro, fiquei fora, e depois não ganhei outra chance de começar uma partida, sendo o Alceu o titular. Naquele ano deixei o periquito, continuei a trabalhar na Souza Cruz, estudando no São Luís, fui para o Tapuia, Rádio Santa Cruz, Riovale, RBSTV Santa Cruz, e hoje aqui estou. Descobri portanto minha trajetória no Avenida, da qual confesso, nem mais lembrava em detalhes, graças ao livro do amigo saudoso Nestor.
Falando em Avenida, gostaria de falar mais um pouco do clube que me criei, como falei no tópico anterior, pois morava muito perto do estádio dos Eucaliptos, e mesmo antes de entrar nas categorias de base, já batia bola por ali. Pois não é que novamente um cara que incrivelmente de fora, é o médico do time outra vez, me manda um e-mail desaforado, dizendo que eu uso o Avenida para me promover… E que chamar o Avenida de “Avenidinha” é desfazer, etc e tal… Um cara que nunca foi visto na história do Avenida. Que nunca foi nos churrascos das sextas-feiras que frequentei mais de 30 anos. Às vezes fico pensando, como no dia que fui narrar Avenida e Inter nos Eucaliptos, que nenhum dirigente trocou uma palavra comigo, perguntou se faltava alguma coisa na cabine, que eu insisto em dizer ser do Monumental dos Eucaliptos. Pois é, fico pensando… Falar do Avenida todos os dias para todo o estado, divulgar a marca do clube aos quatro ventos… Será que deveria mesmo? Acho que não, será que os “verdadeiros” avenidenses gostam? Sabe que eu acho que pela sua grandeza, o clube pode muito bem se promover sozinho… É verdade.