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Dia Internacional da Pessoa com Deficiência: multinacional aposta na capacitação profissional e diálogo para inclusão

Japan Tobacco International mantém programa de qualificação profissional para inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho

Foto: Divulgação / JTI

A baixa participação de pessoas com deficiência (PcDs) no mercado de trabalho formal é um dos desafios brasileiros que se agravou ainda mais com a pandemia do coronavírus. Segundo relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram fechados mais de 21,7 mil postos de trabalho de PcDs de janeiro a setembro deste ano. Esse número é o saldo das vagas fechadas, 73,5 mil, com o de vagas abertas, 51,9 mi, no período. Nesse cenário, uma iniciativa da Japan Tobacco International (JTI) tem demonstrado como realizar a inclusão de PcDs no mercado de trabalho por meio da capacitação e como vencer estigmas por meio do diálogo. Um bom exemplo a ser compartilhado nesse dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A multinacional desenvolve desde 2019 o programa MultiplicAção, que visa à qualificação de pessoas com deficiência para o trabalho na indústria. Realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Santa Cruz do Sul (RS), ele oferece formação na área de mecânica, elétrica e instrumentação industrial com uma experiência prática.

Atualmente, 12 alunos fazem parte do MultiplicAção. “Essa é mais uma forma de possibilitarmos a inclusão de PcDs na nossa empresa. Assim, qualificamos esses profissionais para necessidades que temos para incluí-los em nosso quadro de colaboradores por seus conhecimentos, habilidades e experiências”, afirma Roberta Wagner, responsável pelo programa e Business Partner de Pessoas & Cultura da JTI.

A iniciativa atual é fruto de um amadurecimento da empresa nas questões relacionadas à inclusão de PcDs, que iniciou com o programa Talento Sem Limites em 2013. Ele também oferecia qualificação. Diego Müller, 25 anos, cadeirante, é um dos profissionais que hoje faz parte do time de colaboradores efetivos da JTI e foi um dos integrantes do programa.

Ele realizou um curso de Assistente Administrativo, no SENAI, no qual sua habilidade de comunicação acabou se sobressaindo. “Tanto os professores quanto a equipe da JTI perceberam que eu era uma pessoa comunicativa e me ofereceram uma vaga de atendimento ao público pelo telefone. No início, não me sentia tão à vontade, mas encarei o desafio”, conta. Com o tempo, foi tomando gosto pela função. Atualmente, ele trabalha como recepcionista da organização. “Acho essa uma iniciativa muito importante, pois a empresa conseguiu realizar a formação desde o curso de profissionalização, passando pelo temporário até o trabalho efetivo”, ressalta Diego que, devido às restrições da pandemia, tem trabalhado de forma remota.

Além de proporcionar a qualificação profissional de PcDs, a JTI também busca profissionais já qualificados para integrar seus quadros. É o caso de Jaqueline Schmitz, especialista em Gestão de Talentos e Employer Branding de Pessoas & Cultura da JTI, e pessoa com deficiência visual. Com experiências profissionais em outras empresas na bagagem, ela foi contratada há três meses pela empresa.

Nesse período, o que mais a impressionou foi o acolhimento e a forma de trabalhar a inclusão na empresa por meio de um Comitê da Diversidade e Inclusão. Formada por colaboradores voluntários, a iniciativa oferece eventos, capacitações e rodas de conversa sobre equidade de gênero, etnia, orientação sexual, inclusão de pessoas com deficiência (PcDs), diferentes formas de trabalho e as inúmeras maneiras de pensar e agir. “Sinto que esse modelo é muito mais efetivo do que uma área de diversidade, pois é perceptível o engajamento das pessoas nas atividades e debates. Dessa forma, pude perceber que a inclusão aqui é tratada de uma maneira muito mais legítima, há maior acolhimento e respeito”, destaca Jaqueline.

Müller é um dos colaboradores que integra o Comitê. Para ele esse tem sido um espaço importante para quebrar estigmas e ampliar a inclusão por meio de trocas e diálogo. “Uma das questões que temos trabalhado é o capacitismo, que é algo que está na sociedade e se manifesta quando as pessoas nos tratam como incapazes ou que somos super-heróis por realizarmos alguma atividade simples. Na verdade, nós só precisamos de acessibilidade e inclusão para podermos trabalhar a partir do mesmo lugar que todo mundo”, afirma.

Para Thiago Dotto, Diretor de Pessoas & Cultura da JTI, as iniciativas da empresa e a receptividade dos colaboradores demonstram que a empresa tem tratado a inclusão de maneira correta. “A diversidade e a inclusão são um dos pilares da JTI. Atuamos para que nossos colaboradores possam ser eles mesmos, sejam tratados com respeito e possam se desenvolver plenamente. Nosso trabalho com os PcDs vai nesse sentido e queremos avançar ainda mais nos próximos anos”, destaca. E afirma que atualmente a JTI possui colaboradores com deficiência nos mais variados cargos. “Atualmente, temos PcDs em cargos de coordenação, especialistas, supervisores, vendedores, entre outros. Isso demonstra que muito mais do que cumprir cota, temos atuado para um acolhimento e valorização efetiva desses profissionais”, ressalta.