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Dia dos Avós: eles são pais com açúcar na criação dos netinhos

Vovós e Vovôs ajudam a reviver as memórias da família e as transmitem para as novas gerações

Fotos: Luciana Mandler
Os vovôs Marilene e Renato com os netinhos Rafaela e Augusto

Ana Souza
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Delicadeza nas palavras e ternura no olhar. Ter os avós por perto é uma troca enriquecedora para as crianças e, assim como se diz no popular, eles são pais com açúcar. Auxiliam os filhos na educação dos netos e têm por eles um amor incondicional. Dia 26 de julho é a data alusiva a vovós e vovôs, que são o verdadeiro alicerce no crescimento.


O Riovale Jornal apresenta a vivência dos avós Marilene e Renato Hildo Mandler, que auxiliam nos cuidados com os pequenos Augusto Mandler Klein, de 5 anos, e Rafaela Mandler Schöninger, de seis meses. Os avós paternos Maria Francisca Costa Klein e Carlos Klein (in memorian) e Isis de Oliveira Schöninger e Dilson Mario Schöninger (in memorian) também estão sempre presentes.


A casa dos avós se torna a segunda moradia. Quem não lembra das histórias e brincadeiras (e até mesmo algo que os pais não deixavam fazer) que os avós ensinaram? Em uma conversa bem descontraída na casa de Marilene, de 63 anos, e Renato, 67, moradores do Bairro Margarida, em Santa Cruz do Sul, a reportagem tratou sobre a importância do papel desempenhado por eles e a troca de aprendizado que surgiu após a criação dos filhos Sandra, Marcelo e Luciana. Tudo renovado com as chegadas de Augusto e de Rafaela.


A responsabilidade é bem maior quando se tem filhos, destacaram os vovôs. “Cuidar da educação, da saúde, enfim, muito mais cuidados. Com os netos é diferente, também há responsabilidades, mas essas um pouco mais leves. Existe mais tempo para curtir eles, mas sempre atentos à educação. Eles têm que respeitar os adultos e isso é muito importante. Quando nasceu a Luciana, tive mais tempo porque havia parado de trabalhar”, destacou a vovó.


O vovô emendou, dizendo que existe mais tempo para viver pertinho dos netos. “Vivemos uma alegria em dobro ao cuidar deles. Se passam alguns dias sem vir, sentimos falta deles. Quando nos tornamos pais é diferente de quando somos avós. Uma série de aprendizados novos. Um exemplo é quando ficam doentes. Parece que dói mais na gente do que quando acontecia com os filhos. O carinho é igual, mas a preocupação em dobro”, observa Renato.


Os cuidados com os netos acontecem durante a semana, em dias intercalados. Augusto vai na escolinha à tarde e fica com os avós pela manhã. Rafaela fica aos cuidados dos pais pela manhã e a tarde é com os avós. Em alguns dias, as vovós paternas também ajudam. Toda a vivência, com cuidados alimentares e ensinamentos, são feitos em conjunto aos pais.
Os momentos passados juntos aos avós se tornam lembranças que serão guardadas para sempre. Os netos crescerão, mas jamais esquecerão do que lhes foi ensinado. Os momentos, conforme o casal, são inúmeros e se torna difícil escolher um deles. “O Augusto, por exemplo, adora brincar com coisas da natureza, criar e realizar projetos. Inventamos o ‘Passeio na Floresta’ com a tradicional música infantil ‘Vamos Passear na Floresta’ e assim as brincadeiras nos envolvem junto. É incrível. Eles nos dão vida”, atestam.


Nenhum detalhe na evolução dos netos passa despercebido dos avós. “A Rafaela nos emociona com o sorriso no olhar e o balbuciar, tentando já aprender as primeiras palavrinhas. Nas brincadeiras saudáveis, que irão se refletir no caminhar deles, deixamos à vontade. A curiosidade deles quando pequenos é normal e devemos sempre incentivar a despertar a curiosidade. Na alimentação, também sempre tem um prato preparado, que para eles é diferente tendo o sabor da vovó”, destacam.


Quando se tem um neto e outro vem para aumentar a família, normalmente surge um pouco de ciúmes. “Mas com o Augusto foi diferente porque ele adora a Rafaela. Quando está com o avô, ele fica um tempo e depois troca com ela. Um vai para a vó e outro no colo do vô. É emocionante o amor entre os priminhos e isso nos faz viver ainda mais por eles. Ele participa do crescimento da Rafaela”, orgulha-se Renato. Marilene lembra que, quando Augusto nasceu, o pai João Costa Klein apresentou o neto; e quando a Rafaela chegou, por estar de serviço, Nei Antônio Schöninger não esteve no momento. Então a emoção foi ainda mais forte para eles quando a neta foi apresentada pela tia Sandra.


O dia 26 de julho é apenas para fazer referência a uma data especial. Os avós devem ser homenageados todos os dias, pois eles se dedicam em dobro aos netinhos. As palavras de Augusto resumem o que deve se dedicar para todos os avós: “Eu amo minha vovó e meu vovô porque eles brincam e cuidam de mim. A vovó desenha comigo e o vovô me leva pro futebol. Por isso que eu amo eles”, define o pequeno.