Luciana Mandler
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O fusca, carro fabricado pela marca alemã Volkswagen, teve o primeiro protótipo apresentado em 1932. O veículo é considerado um dos carros mais vendidos de todos os tempos. Ele ganhou até dia para ser celebrado: 20 de janeiro, conhecido como Dia Nacional do Fusca.
Para muitos, a data é desconhecida, mas para os admiradores e colecionadores de um dos carros mais antigos, conhecer toda a história e tudo que envolve o veículo é o mínimo.
Há, inclusive, quem cuide muito bem dessa relíquia. É o caso do comerciante santa-cruzense Alexandre Rabenschlag, que tem eu sua garagem dois fuscas do ano 1962. O primeiro deles chegou para alegra-lo há cerca de oito anos e que carinhosamente é chamado de ‘Berilo 62’. “Berilo pela cor verde berilo e 62 pelo ano de fabricação”, explica.
O segundo fusca, que está em reforma, também é do ano 1962, porém, é na cor vermelho cerâmica e por isso vai se chamar ‘Cerâmica 62’. “Sou muito apaixonado por fusca”, reforça.
A paixão pelo fusca é tão grande que todo o cuidado é pouco com suas raridades. Em dias nublados, com chuva, Alexandre não sai com o fusca. Além disso, uma vez por mês, o ‘Berilo 62’ recebe uma atenção, quando é passado uma cera. Para que a pintura não seja danificada, o fusca fica na garagem coberto com uma lona protetora.
Alexandre conta que tudo no seu fusca é original. “Levei quase quatros anos para deixa-lo como está por ter que encontrar as peças e acessórios que queria para colocar nele e que fossem originais”, revela.
Mas não é só o comerciante que é apaixonado pelo carro da Volkswagen. “A família inteira gosta de fusca aqui, em casa”, diz. Não é à toa, pois sobre as quatro rodas Alexandre, a família e os amigos têm muitas histórias para recordar, contar e arrancar boas risadas.
LEMBRANÇAS
E por falar em histórias, o santa-cruzense lembra de um fato engraçado. “Eu e um amigo estávamos voltando de um encontro em Lajeado. Chovia muito. Quando paramos numa sinaleira, um cara cortou pelo acostamento”, recorda. “Tinha uma enorme poça de água. Quando o cara passou, nós tomamos um banho de água e lama. O fusca todo ficou molhado por dentro e cheio de lama junto comigo e meu amigo”, completa aos risos.
Mas as recordações não param por aí. “Teve uma vez, indo para um encontro, acabei perdendo a roda traseira do fusca e deu um susto bem grande”, conta rindo. Apesar do susto, não houve danos maiores.
O apaixonado por fuscas tem desde histórias engraçadas a lembranças marcantes, entre elas, a viagem que fez para o Uruguai. “Como ele (fusca) sendo um motor 1.200 e 6v, é um pouco mais complicado. Mas tivemos a companhia de grandes amigos que foram para lá também e fizemos dezenas de novos amigos lá no encontro”, recorda. Isso fica marcado para o resto da vida”, pontua.
Sempre que pode, Alexandre participa de encontros e diz que “ter um fusca é uma realização, um sonho concretizado. É maravilhoso”, finaliza.
