O dia 25 de maio é alusivo ao Dia da Indústria, instituído em 1957. Foi através do então presidente Getúlio Vargas e a criação das estatais que a industrialização se expandiu no Brasil. Já as empresas estrangeiras e privadas começaram a instalar-se em nosso país durante o período da gestão do presidente Juscelino Kubitschek (JK).
A indústria abrange diversos tipos de produção, sendo chamada de segundo setor da economia. Seu crescimento foi tamanho que não podemos imaginar, nos tempos atuais, o mundo sem as indústrias que impulsionam o desenvolvimento. Entre os inúmeros benefícios estão a produção em larga escala e a diminuição do esforço destinado aos trabalhadores.
A indústria é um espaço de produção. Entre os setores da economia, representa o setor secundário – o primário corresponde à agricultura e o terciário, ao comércio e aos serviços. É difícil definir um termo usado tão amplamente em nossa sociedade: fala-se da indústria agrícola, quando nos referimos ainda ao setor primário, e ainda outras acepções mais figuradas, que se referem a algo produzido em larga escala – afinal, esta é a contribuição da indústria na nossa história.
TIPOS DE INDÚSTRIA
As indústrias podem ser de vários tipos. A denominação mais comum é a de indústria manufatora, que modifica os produtos naturais através de trabalho manufatureiro ou mecânico. As indústrias de base, por sua vez, são aquelas que servem de base a outras indústrias, fornecendo matéria-prima e máquinas. Já as indústrias de ponta são responsáveis pela montagem final de um conjunto de peças provenientes de outras indústrias.
Alguns setores da produção industrial são voltados para a extração de produtos da terra ou do mar: são as indústrias extrativas. Aqueles voltados para a exploração das jazidas, minas, pedreiras, afloramentos fazem parte da indústria mineral. Quando se explora o campo e outros produtos da terra, fala-se então da indústria vegetal.
DIVISÃO EM PERÍODOS
A industrialização no Brasil pode ser dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de “Proibição”; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de “Implantação”; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira, e o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização da economia brasileira.
Comparando-se com outros países, a história da indústria brasileira é bem recente. Somente na década de 90, o Brasil começou a adotar políticas de competitividade. Como exemplo, a produção de petróleo triplicou em 1994, devido à crise do produto na década de 70.
Foi também na década de 90 que a indústria automobilística se modernizou e começou a crescer, ocupando a 8ª posição na classificação mundial de produção de automóveis.
A Indústria Aeronáutica decolou a passos lentos no Brasil, a produção de aeronaves só ganhou verdadeira força há apenas 20 anos, porém hoje, a Embraer é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, já produziu mais de 5 mil aviões, que operam em 92 países, nos cinco continentes, tornando-a líder no mercado de jatos comerciais.
Até no espaço a indústria brasileira está presente. Programas de construção de satélites foram desenvolvidos em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), com a colaboração da Nasa.
A indústria de informática, em crescimento colossal, gera lucros exorbitantes à nação, além de diminuir a necessidade de importações. (Fonte: IBGE)
Fotos: Divulgação/RJ
Não podemos imaginar, nos tempos atuais, o mundo sem
as indústrias que impulsionam o desenvolvimento
Foi na década de 90 que a indústria automobilística se modernizou e começou a crescer
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Alguns períodos marcantes no crescimento industrial:
1945 – Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil perdeu mercados externos e entrou em crise de produção. Foi também o ano do Fim do Estado Novo, quando Getúlio renunciou à Presidência da República. Momento de crise.
1946 – Mesmo em meio a turbulências, foram gerados esforços em torno de ações sociais. Com isto, criou-se o Sesi, através do decreto-Lei n. 9 403. Foi também a segunda fase de industrialização do Brasil: fábricas se reequiparam, foi inaugurada a Companhia Siderúrgica Nacional, criaram-se as primeiras refinarias, o setor de eletrodomésticos e da indústria de transformação ganharam novo fôlego.
1951 – Foi criada a Comissão de Desenvolvimento Industrial.
1956 – Com a criação do Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek, a indústria de base viveu grande expansão. Entre 1955 e 1961 a produção industrial como um todo cresceu 100%. Vejamos:
– a produção de aço duplicou
– a produção das indústrias mecânicas cresceu 125%
– a produção das indústrias elétricas e de comunicações cresceu 380%
– a produção das indústrias de equipamentos de transportes cresceu 600%
Foi a época de expressiva produção automobilística:
– em 1961, o Brasil já tinha 700 fábricas de autopeças
– a produção automobilística produziu 90% de veículos a mais do que o previsto
Porém, foram feitos tantos empréstimos que o país acabou em meio a enormes dívidas externas.
1957 – Foi instituído o Dia da Indústria.
Década de 60 – Após uma redução nas atividades industriais por volta de 1960, o crescimento do setor já não era acompanhado pela infraestrutura socioeconômica do país. A solução encontrada foi buscar a diversificação e a expansão da produção de bens manufaturados e de consumo durável, com indústrias mais sofisticadas. Um ramo que se desenvolveu bastante foi o das telecomunicações, além do processamento de dados e biotecnologia.
Ao longo desta expansão, quatro setores industriais foram decisivos para a economia brasileira: o automotivo, do aço, petroquímico e de serviços públicos. No ramo petroquímico, cresceu não só a produção como o desempenho das refinarias de petróleo.