Ricardo Gais
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Apesar de estarmos em um novo ano, a pandemia de Covid-19 continua e os números deram um salto no total de novas confirmações de testes positivos para a doença em Santa Cruz do Sul, no levantamento do último mês. Até o momento, podemos considerar o mês de dezembro como o mais crítico da pandemia no Munícipio: foram 1.928 pessoas que tiveram a doença detectada no organismo e nove foram a óbito, totalizando 4.370 casos positivos e 25 mortes.
Até o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria Municipal de Saúde, em 30 de dezembro, 3.600 pessoas estavam recuperadas e 726 pessoas em isolamento domiciliar. Os números desse mês foram os mais altos já registrados desde o início da pandemia no Município. Com isso, a demanda por internações clínicas também teve alta. Nessa segunda-feira, 4, a taxa de ocupação para leitos de UTI Adulto no Município estava em 75,7% e recebeu um alerta, pois a região apresentou elevado crescimento em novos registros de hospitalizações entre a 34ª e a 35ª semana – de 23 para 38 – o que representa um avanço de 65,2%.
No gráfico é possível acompanhar o acentuado crescimento nos novos registros de casos que ocorreram nos meses de novembro e dezembro. Esses números podem ser associados à oferta maior de testes e a chegada do verão, que com os dias mais quentes, as pessoas começaram a sair mais, frequentar espaços públicos e realizar viagens. Com isso, os cuidados para evitar a doença foram esquecidos ou pouco utilizados, como o uso da máscara.
BANDEIRA VERMELHA
No sistema de Distanciamento Controlado do Estado, a região de Santa Cruz continua em classificação vermelha (risco alto de contaminação por Covid-19). A partir desse novo mapa, o Governo do Estado fez a implementação da salvaguarda de bandeiras vermelha e preta, ou seja, o sistema utiliza uma nova regra que garante bandeiras de risco alto e altíssimo (vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com o coronavírus (conforme a região de residência do paciente) e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.
Segundo o governo, esse refinamento no modelo é necessário pois quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” são prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, eles podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.
Saiba o que a nova regra impõe
Garantia de bandeira vermelha se ambas condições forem satisfeitas:
• O Indicador 6, hospitalizações para cada 100 mil habitantes da região, apresentar bandeira vermelha ou preta;
• O Indicador 8, leitos livres/leitos Covid da macrorregião, estiver menor ou igual a 0,8.
Garantia de bandeira preta se ambas condições forem satisfeitas:
• O Indicador 6, hospitalizações para cada 100 mil habitantes da região, apresentar bandeira preta;
• O Indicador 8, leitos livres/leitos Covid da macrorregião, estiver menor ou igual a 0,3.