Um jornal semana passada mostrou a falta de vagas no Brasil. A reportagem citou o lamento da gaúcha Denise Lírio, que perdeu o emprego e não consegue voltar ao mercado de trabalho. “Entrego currículos, mas não me chamam. Acho que não tem vaga mesmo”.
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É isso mesmo Denise, não há vagas. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não é culpa só da crise econômica que o país atravessa, mas, devido ao advento da globalização e a revolução tecnológica, a tendência é que o emprego formal vire coisa do passado.
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Carteira assinada está com os dias contados. Hoje, entregar currículos e ficar aguardando é o mesmo que esperar um milagre acontecer. É preciso ativar o plano B e empreender por conta própria (principalmente se a pessoa tem perfil de empreendedor).
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É como a metáfora do homem que foi aprovado num concurso da Microsoft na função de faxineiro. Porém, como o humilde cidadão não possuía e-mail, o gerente de RH respondeu:
– Sinto muito, mas a empresa é informatizada e sem um e-mail não podemos lhe contratar.
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O homem saiu cabisbaixo, triste por ter perdido a oportunidade e, ao deparar-se com uma fruteira, decidiu comprar alguns quilos de tomates e oferecer de porta em porta, o que lhe rendeu um bom dinheiro. Retornou até o estabelecimento e adquiriu mais algumas caixas de tomates, e as vendeu, multiplicando, assim, o seu capital. Em poucos meses já tinha uma razoável frota de veículos para distribuição. Em alguns anos, o homem se tornou dono de uma grande distribuidora de alimentos, e voltou à Microsoft para comprar computadores para sua empresa. Porém, ao fazer o cadastro, o funcionário lhe pediu seu e-mail para contato.
– Eu não tenho e-mail – respondeu timidamente.
– Veja só! – Rebateu admirado o funcionário – O senhor é dono de todo esse patrimônio e não possui um simples e-mail. Imagine o que seria se tivesse um e-mail.
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O empresário ingenuamente respondeu:
– Se eu tivesse um e-mail, eu seria o faxineiro da Microsoft.