Everson Boeck – [email protected]
Ontem foi um dia importante para os moradores da Várzea, em Santa Cruz do Sul, e de outros locais que sofrem com as enchentes do Rio Pardinho. O Chefe da Divisão de Apoio Operacional aos Municípios, Guido Bamberg, e o engenheiro civil do Departamento de Gestão de Obras de Irrigação, Gerson Sonaglio, ambos do Governo do Estado, estiveram reunidos na Secretaria Municipal de Meio Ambiente com a representante dos moradores da Várzea, Adriane Gass, o presidente do Comitê Pardo, Dionei Minuzzi Delevatti, assessores do deputado estadual Edson Brum, Mariluci Reis e Daniro Goetze, e o secretário municipal do Meio Ambiente José Francisco Antunes (Kiko), entre outras lideranças. A pauta do encontro foi o necessário desassoreamento do Rio Pardinho em função dos alagamentos ocorridos nas últimas chuvas.
Rolf Steinhaus
Comunidade espera por limpeza do rio, que deverá reduzir os estragos causados no período de enchentes
Adriane Gass disse que há 11 anos os moradores esperam ajuda por parte de governos. “Desde 2006 existe um projeto (que já foi engavetado) para limpeza e drenagem do rio. Sempre que dá enchente sofremos com os estragos e perdas”, relata. Ela informou que no final do ano passado reuniões com algumas lideranças recomeçaram, especialmente com o apoio do deputado estadual Edson Brum.
Segundo Gass, se o projeto já existente fosse executado, contemplaria a extensão de cerca de 50 quilômetros do rio, começando em cinco quilômetros antes de Sinimbu até dez quilômetros após a divisa dos municípios de Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Neste trecho aconteceria a retirada do acúmulo de entulhos do leito do rio, dando um fluxo livre às águas, e com isso facilitando a navegação.
Após a explanação da comunidade e do município, o Chefe da Divisão de Apoio Operacional aos Municípios do Governo do Estado, Guido Bamberg, sugeriu a confecção de um projeto emergencial que beneficiaria parte do projeto maior (de 2006) e se comprometeu em tentar viabilizar para o município a cedência de uma máquina que deverá ser utilizada na extensão de 10 quilômetros – a área considerada mais crítica. “Toda a ação é muito ampla e exige muitos recursos que não estão disponíveis no momento. Agora a Secretaria de Meio Ambiente vai apresentar um projeto específico desta etapa e nós vamos ceder uma máquina em parceria com o município para fazer esta limpeza”, explica.
Everson Boeck
Encontro reuniu moradores da Várzea, representantes do município, do Governo do Estado e do deputado estadual Edson Brum
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente se comprometeu a elaborar o projeto em até 30 dias e, após a liberação dos equipamentos, vai disponibilizar os recursos necessários para execução da obra. “Tão logo tenhamos o projeto adequado em mãos e condições operacionais, vamos atender esta demanda da região”, garante Bamberg. Conforme ele, o prazo para realização da obra é de aproximadamente 60 dias.
A representante dos moradores da Várzea, Adriane Gass, destaca que a expectativa agora é que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente consiga elaborar o projeto com a maior brevidade possível. “Lamentamos não obter a obra na totalidade do projeto original, porém torcemos para que este emergencial seja elaborado e encaminhado logo para o Governo do Estado para que seja executado antes das épocas de chuvas”, comenta.