O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que o Brasil está adotando, desde o início do atual governo, a liberal democracia. Segundo ele, desde 1985 o país vivia sob uma social democracia. Então, na visão de Guedes, o Brasil passa por uma mudança significativa: menos centralização no Estado, mais liberdade para o mercado. Como resultado disso, o ministro entende que haverá um aprofundamento da democracia, pois as ditaduras se caracterizam por um Estado centralizador.
O atual governo defende, por exemplo, que o mercado, através de investimentos privados, combaterá um dos maiores problemas do Brasil: a falta de saneamento básico para uma parte gigantesca da população. Por outro lado, é preciso ressaltar que a liberalização da economia brasileira já havia começado nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90. Na década seguinte, o governo Lula representou, até certo ponto, uma continuidade da liberalização. Depois, a partir de 2011, a administração de Dilma Rousseff é considerada mais centralizadora – um dos motivos que geraram a crise econômica e o impeachment de 2016.
A social democracia brasileira, batizada assim por Paulo Guedes, começou em 1985 e se encerrou em 2018. Nesse período de 33 anos, ocorreram grandes conquistas para o país: estabilização da economia, redução da pobreza, maior inclusão social no Ensino Superior, maior combate à corrupção, entre outras vitórias. Agora temos um governo com inclinação mais convicta à direita, e este governo tentará implantar as ideias que entende necessárias para promover o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. O tempo dirá se os resultados serão positivos e se a população vai querer a continuidade deste projeto nacional.