O número de empresas que buscaram crédito no mercado brasileiro caiu 0,7% no primeiro semestre de 2012 ante igual período do ano passado. Essa é a segunda maior retração da série histórica da empresa de consultoria Serasa Experian, só superada pelo recuo registrado no primeiro semestre de 2009 (6,7%).
Em junho, na comparação com maio, houve uma redução de 8,7%, revertendo o comportamento verificado em maio, quando a busca por crédito cresceu 6,7%. Em relação a junho do ano passado, o movimento foi 7% menor.
Na avaliação dos economistas da Serasa, o desaquecimento da economia interna e o agravamento da conjuntura internacional deixaram um cenário de incertezas que afetou, principalmente, o segmento de micro e pequenas empresas, em que a busca por crédito teve queda de 1,4%, no acumulado de janeiro a junho.
Já as corporações de médio e grande portes que fizeram o movimento ampliaram a procura por crédito em 10,9% e 15,5%, respectivamente. No entanto, para os economistas da Serasa, esse aumento também está associado a um quadro de insegurança, porque houve uma migração de fontes de captação com o uso de opções no mercado doméstico (crédito bancário e crédito mercantil) em vez de buscar os recursos externos e emissões primárias de ações.
As empresas do setor de serviços foram as que mais demandaram crédito, com crescimento de 1,4%, seguidas pela indústria, com uma pequena elevação (0,2%). Em sentido oposto, houve queda de 2,5% no setor do comércio.
As empresas do Sudeste lideram os recuos, com 1,8%, seguidas pelas do Centro-Oeste (-1,2%) e Sul (-1%). Nas demais, houve alta: no Nordeste, de 0,2%, e no Norte, de 1,3%.
Agência Brasil