Hoje é Natal, a data em que Jesus nasceu. Filho do carpinteiro José e de Maria.
Um menino como tantos que nascem todos os dias mundo afora, não fosse sua capacidade de oratória e uma tendência socialista em ajudar as pessoas que mais precisam de ajuda. Até a idade adulta andou “sumido”, como se estivesse em um retiro. Quando ressurgiu, foi uma pedra nas sandálias dos fariseus e acabou, como todos já sabem, morrendo crucificado em uma cruz. Jesus fez o cego enxergar, multiplicou peixes e vinhos, dividiu o pão com os que têm fome, foi sepultado e ressuscitou dos mortos.
Junto às celebrações cristãs, em referência ao nascimento de Jesus, surge um contraponto dos protestantes que remete às tradições germânicas e nórdicas por meio da lenda da chegada de São Nicolau à região, contrapondo a tradição dos presépios católicos. A partir daí, os protestantes começaram a venerar a figura do bom velhinho que, à época, usava roupas de qualquer cor. O vermelho das vestes que hoje conhecemos, surgiu quando a Coca-Cola resolveu fazer um anúncio em 1881, na revista Harper Weekly. Já em 1931, o desenho ganhou o acréscimo do gorro e do saco de presentes.
A história é longa e repleta de símbolos, mas que, na realidade, foi uma estratégia de marketing para fazer com que o comércio e consequentemente a indústria, fizessem crescer seus faturamentos por meio desta simbologia.
Cristo, que expulsou os fariseus do templo, talvez não tenha gostado desta ação, mas fazer o quê?
A data é tradição em quase todo o planeta terra mesmo a contra gosto de uma minoria e para o júbilo dos que fazem dela motivo de confraternização, brincadeiras e troca de lembranças.
Esse ano, como todas e todos sabem, o melhor é fazer os votos por meio virtual. Uma live (se é que alguém ainda suporta) é o recomendado para preservar os entes familiares de um possível contágio pelo coronavírus.
De outra parte, desejo aos leitores um Natal pródigo em respeito ao próximo e que realmente façamos nossa parte para evitar mais contágio e mais mortes decorrentes da Covid-19.
Mudando de assunto, essa semana tivemos a notícia do passamento do prefeito Telmo Kirst em decorrência de um câncer que vinha sendo tratado há dois anos.
Telmo foi um político de destaque e muito fez pelo Vale do Rio Pardo, em especial por Santa Cruz do Sul. Sua trajetória iniciou na Arena dos militares. Foi vereador, deputado federal, deputado estadual, secretário de Estado (numa passagem pelo PMDB), presidente da Corsan e responsável pela construção do Lago Dourado.
Conservador e anticomunista declarado, o prefeito de Santa Cruz do Sul manteve coerência aos seus pontos de vista.
De longe, foi a figura pública mais respeitada entre os seus pares. Visto como um estrategista, posicionou-se contra Sérgio Moraes, sendo, em diversas campanhas, a voz escolhida para “bater” em Moraes.
O certo é que deixou um legado muito difícil de ser conquistado por qualquer outro político em um curto espaço de tempo.
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Escrevo a coluna antes do jogo entre Santa Cruz e São José de Porto Alegre, mas espero que o Galo tenha conquistado o título de campeão da Copinha e, ano que vem, dispute a Copa do Brasil. Não é possível comemorar esse título sem homenagear o presidente Tiago Rech, um jovem que fez do FC Santa Cruz sua razão de viver. Fica aqui, campeão ou não, minha homenagem pela campanha aos jogadores, comissão técnica, torcedores, conselheiros, mas em destaque maior o Tiago. Muito obrigado presidente por fazer o Galo ainda maior.