A Roma antiga é uma das civilizações mais influentes e mais importantes da História. Uma das heranças proporcionadas está no Direito romano, que repercute diretamente no sistema jurídico brasileiro, por exemplo. Do ponto de vista político, a Roma antiga passou por três etapas principais: 1) Monarquia; 2) República; 3) Império. Na primeira etapa, a da Monarquia, Roma foi governada por sete reis.
Em tempos bem mais recentes, o jogador catarinense Paulo Roberto Falcão, revelado pelo Internacional de Porto Alegre, foi homenageado como “o oitavo rei de Roma”. Falcão, na década de 1980, teve uma extraordinária passagem pela Associazione Sportiva Roma, clube pelo qual o jogador foi campeão italiano em 1983 e vice-campeão europeu em 1984. Tamanha a relevância de Falcão para a Roma, pois o clube não vencia o Campeonato Italiano desde 1942.
Dois mil anos atrás, quando era impossível imaginar que um brasileiro seria consagrado em Roma, a terceira etapa da política na Antiguidade romana estava em desenvolvimento: o Império. Entre os anos de 37 a 41 depois do nascimento de Jesus Cristo, Roma contou com o terceiro da sua lista de imperadores: Calígula. Pouca certeza há sobre a história de Calígula, e dentro daquilo que é contado, pode-se dizer que este imperador apresenta algumas marcas de semelhança com a política recente do Brasil: abuso de poder, corrupção, tentativa de imposição sobre outros poderes.
Calígula, enquanto governou, vivenciou uma disputa intensa com o Senado romano. A trajetória política do Brasil, nas últimas décadas, passou por crises de governabilidade, em que o Executivo procurava se acertar com o Legislativo, e em muitas ocasiões, não se acertava. Diante das eleições municipais que se avizinham, vale a pena refletir sobre esta temática da governabilidade. A Roma antiga ainda tem muito a ensinar para a sociedade contemporânea.