Tiago Mairo Garcia
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Uma das entidades tradicionalistas mais atuantes de Santa Cruz do Sul comemorou mais um aniversário. Fundado no dia 5 de agosto de 1961, o CTG Lanceiros de Santa Cruz celebrou na última quarta, 5, o aniversário de 59 anos de atividades. Diferente dos outros anos quando um fandango marcava a data, em 2020 a comemoração ficou restrita nas plataformas virtuais em razão da pandemia do novo coronavírus.
Conforme Luciano de Oliveira Pereira, patrão do CTG Lanceiros, foi realizada uma live somente entre os sócios que falaram sobre a sua relação com a entidade. Também foram realizadas apresentações artísticas individuais pelos integrantes das invernadas na plataforma virtual. “Foi uma comemoração diferente daquilo que sempre é feito. Foi a forma que encontramos para celebrar a data”, destacou o patrão.
Atualmente o CTG Lanceiros conta com 300 integrantes que fazem parte da patronagem e dos departamentos artístico, cultural, campeiro e de esportes campeiros, novo setor que foi introduzido neste ano pela entidade. O Lanceiros conta com seis invernadas de dança artística, declamação, dança de salão e chula. Neste ano, a prenda Juvenil Andressa Garcia da Silva e a prenda mirim, Amanda Kothe Bartz, do CTG Lanceiros, foram escolhidas como as primeiras prendas juvenil e mirim da 5ª Região Tradicionalista e representariam a entidade no concurso de prendas estadual que seria realizado no mês de maio em Santa Maria, mas que acabou sendo cancelado devido à pandemia. Outro destaque é a invernada adulta de Danças Tradicionais que sempre representa a entidade na disputa da força A do Enart. O melhor resultado foi o 3º lugar conquistado em 2010 na final estadual realizada em Santa Cruz do Sul. O Lanceiros também desenvolve atividades sociais com visitas para entidades assistenciais e projeto em parceria com a prefeitura onde atende aproximadamente 80 crianças no turno inverso da escola, na sede da entidade tradicionalista, localizada na rua Farroupilha, bairro Schultz.
Em razão da pandemia, os ensaios e demais atividades da entidade estão suspensos. Para manter a entidade, os integrantes têm promovido galetos todas as sextas à noite e uma galinhada no primeiro sábado do mês. “Com a suspensão das atividades foi a forma que encontramos para poder pagar as contas e manter a entidade. Aderimos ao sistema pague e leve onde vendemos as fichas de forma antecipada e a pessoa retira no dia”, disse o patrão.
Luciano também destacou que o seu mandato à frente da entidade foi finalizado no último dia 31 de julho, mas que os integrantes decidiram manter a patronagem por tempo determinado até o final do decreto sobre as restrições de aglomerações. “Optamos em realizar a assembleia e eleição de forma presencial para realizar um processo com todos os sócios presentes”. O edital de convocação para assembleia e eleição será lançado com 30 dias de antecedência.