Alyne Motta – [email protected]
As Festas Juninas são eventos muito antigos, organizados pelos europeus há mais de dois mil anos, para comemorar o início das colheitas. Na Europa a Festa era Joanina, em homenagem ao nascimento de São João Batista. Os portugueses é que mais tarde incluíram São Pedro e Santo Antônio nas festanças.
Os portugueses trouxeram as festas para o Brasil, a partir do ano de 1583. Além das colheitas era comemorado o Dia de Santo Antônio, em 13 de junho, no dia 24 as comemorações eram para São João; e para São Pedro, no dia 29. A tradição foi ganhando adeptos e elementos, integrando-se ao folclore gaúcho.
Rolf Steinhaus
O acendimento da fogueira triangular de São Pedro foi o ponto alto da noite
Aqui no sul é uma festa tradicional, muito diferente do caipira, na região norte. Em Santa Cruz do Sul a tradição mantém-se viva, através de diversas entidades que promovem o evento, como o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Lanceiros de Santa Cruz, que realizou a sua no início de julho.
Com muita comida, bebida, dança e alegria, a entidade comemorou o Santo. O ponto alto da noite foi o acendimento da fogueira, construída em forma triangular. Em tempos antigos, as grandes fogueiras eram acesas com o objetivo de afastar as pragas agrícolas, propiciando boas colheitas.
Rolf Steinhaus
Vestidos com trajes típicos gaúchos, CTG Lanceiros de Santa Cruz celebrou a data
QUEM FOI?
São Pedro foi um dos doze apóstolos e o dia 29 de junho foi dedicado ao guardião das portas do céu é o protetor dos pescadores. Sendo cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa desse dia, juntamente com os pescadores, que também fazem a sua homenagem com procissões marítimas.