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Crianças com comorbidades serão vacinadas

Momento aguardado por todos chega no município e traz esperança por dias melhores

Débora Dumke – [email protected]

Com a chegada da covid-19, muitas pessoas esperavam ansiosamente pela chegada da vacina: e ela chegou, trazendo muita esperança por dias melhores, e agora, chegou a vez para o público infantil, mais especificamente as crianças, na faixa etária de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias e que tenham algum tipo de comorbidades. Esse momento traz consigo, muitos questionamentos, mas em entrevista na Secretaria Municipal de Saúde, a secretária Daniela Dumke falou sobre a vacinação. “Para nós todas as vacinas são muito importantes. Como a gente já vem acompanhando, há bastante tempo, desde a primeira vacina do covid-19, notamos a diminuição dos sintomas e dos agravos da doença. Isso já é de grande importância, e se configura no maior número de cobertura vacinal aqui no município”, contou.


A covid-19 vai permanecer cada vez mais no cotidiano de todos, e é isso que estamos vivenciando: uma hora diminui os casos, outra hora aumenta e será assim, sendo uma constante. “Acompanhamos a diminuição do agravo da doença que, com certeza, isso se dá com a relação à vacinação, e então essa importância de vacinar as crianças e ampliando cada vez mais cobertura vacinal no município”, informou a secretária.


Ela ainda conta que o que mais causa medo nas pessoas é o fato de ser uma vacina nova, no entanto, passa por todos os testes, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As crianças que estão sendo vacinadas não apresentaram nenhum efeito colateral. “Acredita-se, não posso comprovar que daqui a pouco não tenha nenhum tipo de reação, porque até um simples paracetamol que tomamos, pode dar alguma ação adversa, mas hoje em Santa Cruz do Sul não temos nenhum relato”, destacou.

Daniela: “Para nós todas as vacinas são muito importantes”
Luiz Fernando Bertuol


Daniela ainda lembra de como foi a aceitação da comunidade em relação à vacinação. Surgiram muitos boatos de que quem tomasse a vacina viraria jacaré e ainda alerta se aquilo fosse realmente verdade não estaríamos vivenciando o cenário de hoje, porque a doença continua no nosso meio, mas os casos estão sendo tratados a domicílio, não precisando de internações. “O que vemos é um agravo maior nas pessoas que já tem comorbidades, então essas, por vezes, precisam de internação, e infelizmente podem gerar um caso de óbito, assim como uma pneumonia e outros agravos no nosso organismo. Quanto mais comorbidades as pessoas possuem, mais riscos de apresentar uma reação ao vírus. Todas as vacinas que temos disponíveis é justamente para melhorar nossa imunidade e a da covid-19 não é diferente, é claro que ela não vai barrar o contágio, mas sim estará auxiliando na diminuição da deterioração da doença,” explicou.


Muitas das pessoas não completaram seu esquema vacinal da covid-19, parando na segunda e terceira dose, no entanto, muitas pessoas têm procurado a Secretaria da Saúde para questionar quando poderão realizar a quarta dose para pessoas com idades inferiores à 40 anos. “Essa é uma normativa que vem do Estado, e obedecemos todas as orientações e ainda não está liberado. Então tentamos mobilizar aquelas pessoas que fazem parte do grupo, que procurem e façam a vacina, porque hoje está comprovadíssimo que quem realiza a vacina diminuem bruscamente os efeitos da doença.” concluiu.
As vacinas estão sendo feitas a partir de agendamentos, pela questão do desperdício de doses, porque o frasco depois de aberto possui uma validade. “Faz algum tempo que estamos trabalhando nesse formato para adultos e crianças, em determinadas idades”, frisou Daniela. A procura pode ser feita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em horários normais. Já para um público mais específico, as crianças com comorbidades, acontece na UBS Clementina Martini por agendamento nos telefones (51) 2109-9302 e (51) 2109-9311. No ato da vacinação, é necessário portar o documento de identidade com CPF, carteira de vacina e documento que comprove a comorbidade da criança.


A procura por essa vacinação está baixa, destacou a secretária. “Nessa faixa de idade poderia estar maior. Eu gostaria de chegar e dizer que estamos com 100% da população vacinada, mas infelizmente essa não é a nossa realidade. Claro que estamos com um índice muito bom de toda a comunidade, mas a procura para as crianças poderia estar melhor, até porque não são todas as crianças que estão sendo atendidas sendo apenas de 6 meses a 2 anos 11 meses e 29 dias e tenham algum tipo de comorbidades.”

VACINA BCG

A secretária diz que a procura da BCG não está baixa. “Foi realizado um levantamento nas carteirinhas. Existem algumas logísticas em que a população realiza fora da cidade ou de forma particular, então teve nesse sentido a migração do sistema físico, em que muitas vezes o físico nos traz uma informação que o sistema não traz, então trabalhamos muito em cima disso, e constatamos que a busca está tranquila. Até porque essa é uma vacina que nos preocupa muito e temos um trabalho constante, juntamente com o Hospital Santa Cruz em que nascem à maioria dos bebezinhos e que já saem com a vacina toda organizada. Então para nós está tranquilo, não temos problemas na busca da vacina”, destacou.

Recado para a população santa-cruzense

“Procurem os postos de saúde, pois se estamos nesse panorama, com esses sintomas leves da covid-19, com a diminuição dos agravos, sabemos que é graças à vacinação. E aqueles que não completaram seu esquema vacinal que complete, e claro, falamos mais sobre a Covid, mas todas as vacinas são muito importantes, sendo a imunidade do nosso organismo. Estar com todo quadro vacinal completo é de extrema importância para que estejamos com a nossa imunidade boa e isso, consequentemente diminuirá o agravamento de outras doenças”, ressaltou Daniela.


Ela ainda faz um alerta para que leiam notícias fidedignas, procurando fontes confiáveis, como de profissionais, pois a vacinação veio para ficar. “Hoje ela está cada vez mais confiável, existem muitos estudos e inovações por trás, e não temos relatos de reações graves”, concluiu.