Início Geral CPERS/Sindicato elabora comissão sindical para construção de greve

CPERS/Sindicato elabora comissão sindical para construção de greve

Jéssica Ferreira
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O descaso do governador José Ivo Sartori (PMDB) com os educadores estaduais têm a cada dia ficado mais nítido para a própria categoria e sociedade. Sendo que por conta disto, no último dia 18 de março, mais de 3 mil professores se reunião e decidiram juntos em Assembleia Geral do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul e Sindicato dos Trabalhadores em Educação (CPERS/Sindicato), em realizar a construção da greve da categoria, seguindo um calendário de fortes mobilizações pelo Estado.
Acompanhando este mesmo calendário de mobilizações, o 18º Núcleo do CPERS/Sindicato com sede em Santa Cruz do Sul, reuniu-se na tarde de ontem, 5, para tratar sobre as propostas levantadas na última assembleia e definir uma comissão de sindicalistas para atuar na conscientização dos demais colegas da categoria. Durante o encontro, esteve presente a diretora do CPERS/Sindicato no Estado, Helenir Aguiar Schürer, que apresentou aos professores presentes sobre cada proposta aprovada na assembleia e sobre a construção da greve a partir das decisões da categoria.
“É importante para todos os professores falar e ter conhecimentos sobre política, pois há uma diferença entre os termos política e partido. A crise é real sim, entretanto, deve-se investir no combate à sonegação e revisar os incentivos fiscais. Além disso, neste ano, o governador enviou um Projeto de Lei que abre a possibilidade de organizações sociais assumirem as escolas públicas (PL 44), sendo assim, nossas escolas serão entregues. Portanto, ainda que o governo tenha poder e a maioria dentro da Assembleia, devemos lembrar que ele deverá enfrentar uma categoria que é forte e unida”, disseHelenir.
A formação de uma comissão de sindicalistas é considera mais um passo da categoria, uma vez que, professores passem a realizar trabalhos de conscientização aos demais e organizem momentos de cidadania. Sendo assim, conforme as demais atividades que serão realizadas pelo sindicato durante todo o mês de abril, a expectativa além de pressionar o governo é reunir o maior número de professores para à próxima assembleia, a ser marcada para o mês de maio, na qual será definida a greve geral da categoria em todo o estado.
“Nosso trabalho agora é conscientizar nossos professores e também toda comunidade, desde os alunos como os pais também. Para que assim, possamos seguir esta construção de greve, de maneira com que ela seja forte e muito bem estruturada. O governador tem fechando turmas, desrespeita a Lei do Piso, não faz concurso público efere também os direitos dos aposentados, além de quer tirar nossas horas atividades, entre tantas outras ameaças. Por isso, é de suma importância estar realizando mobilizações como esta, e incentivando nossos professores à lutar por seus direitos, que também são da comunidade”, concluiu.

Encontro ocorreu na tarde desta terça-feira, 5, no 18ª Núcleo do CPERS/Sindicato em Santa Cruz

Propostas de mobilização aprovadas na Assembleia

Mesmo que a greve ainda não tenha estourado, desde já a categoria têm se preparado através de mobilizações em todo o estado, juntamente com cada núcleo do CPERS que abrange as regiões. Em suma, para a construção da greve foi inicialmente montado um calendário para cada ato de mobilização, com o foco no Piso Salarial Nacional.
Serão realizadas atividades semanais durante o mês de abril, marcando ações com duração de 8 minutos de 13 segundos – correspondentes ao percentual de aumento concedido pelo governo estadual ao poder Judiciário.
Para esta semana, deve acontecer uma mobilização da categoria, em que as principais rodovias do estado serão trancadas. Além disso, para o dia 13, pode ocorrer paralisação em defesa do Instituto de Previdência do Estado (IPE). E em sequência, será agendada datas para atos nas CREs em todo o estado.
As propostas aprovadas na última assembleia, também ressaltam sobre a organização dos professores em sala de aula para debater assuntos de cidadania, além de também, a realização de fóruns de discussão e defesa da escola pública nas comunidades de cada região.