EVERSON BOECK
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Bandeiras, faixas, banners e outros materiais com frases de protesto deram cores à caminhada dos educadores que participaram do ato público na sexta-feira, em Porto Alegre, promovido pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato). Centenas de pessoas, entre professores, funcionários de escola, estudantes e trabalhadores de outras categorias, passaram pelas ruas Otávio Rocha, Dr. Flores, Salgado Filho e Jerônimo Coelho. O ato era uma manifestação de protesto contra as políticas do governo Tarso para a área da educação e de outras áreas de responsabilidade do poder público.
O 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, com sede em Santa Cruz do Sul, participou da manifestação. Um ônibus com representantes da categoria partiu do município e se somou aos demais protestantes. Segundo a diretora no 18° Núcleo, Miriam Neumann Trindade, durante o ato, os professores lembraram que o governo Tarso realizou um concurso público feito para que a aprovação fosse a mínima possível. “Os professores estão completamente decepcionados e indignados. A contradição explicitada nos critérios de avaliação evidencia a proposta do governo que tinha como objetivo desmoralizar a categoria perante a opinião pública e manter a política de contratos emergenciais”, informa.
Conforme o sindicato, Tarso não quer nomear porque isso dá direito ao ingresso no Plano de Carreira. De acordo com a entidade, o governador prefere manter os contratos emergenciais porque esse tipo de vínculo não oportuniza ao trabalhador as vantagens que o plano garante. Os manifestantes também lembraram que Tarso governa o estado que menos investe em educação no país, além de se negar a cumprir a lei do piso para professores e funcionários, mesmo que isso tenha sido promessa de campanha, e ainda aumentou a contribuição de todos os servidores para a previdência de 11% para 13,25%.
Ao final do protesto, que foi chamado de “Marcha dos indignados”, representantes da categoria chutaram baldes em frente ao Palácio Piratini como uma forma de mostrar a indignação de todos que estão sendo prejudicados pelas políticas do governo, voltadas a atacar direitos e manter privilégios.
CRISTIANO ESTRELA / DIVULGAÇÃO / CPERS
A chamada “Marcha dos indignados” reuniu professores, funcionários de
escola, estudantes e trabalhadores de outras categorias
Representantes da categoria chutaram baldes em frente ao Piratini como
uma forma de mostrar a indignação