EVERSON BOECK
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Na manhã de ontem, 4 de maio, o Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) entrou com uma ação na Justiça com o objetivo de tentar anular o acordo entre o Governo do Estado e o Ministério Público (MP), anunciado semana passada, que definiu reajuste para o pagamento do piso nacional do Magistério.
De acordo com a proposta, nenhum professor que trabalhe 40 horas semanais poderá ganhar menos que R$ 1.451. Porém, o Cpers/Sindicato alega que a medida não se caracteriza como cumprimento do piso nacional, pois não incide sobre o vencimento básico. Durante a tarde, os educadores da rede estadual realizaram assembleia geral no Gigantinho, em Porto Alegre, onde elaboraram e aprovaram um calendário de mobilizações em defesa da implementação imediata da lei do piso, das carreiras e contra a reforma da previdência estadual.
Segundo informações da direção central do Cpers/Sindicato, o movimento prevê a realização de manifestações simultâneas no próximo dia 10 em todas as regiões do estado contra o acordo. Os protestos serão realizados em frente às sedes regionais do Ministério Público. Além disso, os professores decidiram paralisar as atividades e realizar manifestações unificadas com outras categorias de servidores no próximo dia 14. Nesta data, o governo Tarso completa 500 dias à margem da lei. As manifestações terão como eixo os 500 dias de um governo fora da lei. Ainda, nos dias em que o projeto estiver sendo votado, acontecerão mais paralisações.
A diretora do 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, sediado em Santa Cruz do Sul, Miriam Neumann Trindade, informa que na segunda-feira a direção do núcleo se reunirá com o conselho local para definir quais ações serão realizadas aqui, locais e datas, bem como as paralisações. “Fizemos uma boa discussão a respeito desse acordo onde o MP se posiciona contra o parecer de um juiz e o resultado da assembleia foi bem positivo”, pontua.
Conforme o sindicato, a última semana de maio deverá ser marcada pela redução de períodos em todas as escolas da rede estadual e realização de atividades de rua com a participação de toda a comunidade escolar – professores, funcionários de escola, pais e alunos.
JONATHAN HECKLER
Cpers determinou que a última semana de maio será marcada pela redução de
períodos em todas as escolas da rede estadual e realização de atividades de rua
com a participação de toda a comunidade escolar
