A partir desta quinta-feira, 30, mais quatro centros de pesquisa vão dar início aos testes com a vacina chinesa da Sinovac, que é desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. A terceira fase de testes em humanos da CoronaVac, como foi chamada esta vacina contra o novo coronavírus, teve início na terça-feira passada, 21, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo.
“A partir do dia 30, iniciaremos quatro centros, totalizando cinco centros de testagem para a vacina licenciada pelo Instituto Butantan”, disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde de São Paulo. “A partir agora, o hospital Emílio Ribas, em São Paulo e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto darão início aos testes da vacina. A partir do dia 31, darão início a Universidade Municipal de São Caetano do Sul e a Universidade Federal de Minas Gerais”, acrescentou o secretário.
Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9 mil voluntários recrutados em 12 centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan.
Apenas profissionais da saúde que ainda não tiveram a doença e que atuam com pacientes com covid-19 poderão participar dos testes. Para atender aos critérios, esses profissionais da saúde não poderão ter outras doenças e nem estarem em fase de testes para outras vacinas. As voluntárias mulheres também não poderão estar grávidas.
A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan. Ontem, 28, o governador de São Paulo, João Doria, disse acreditar que as primeiras doses da vacina já possam estar disponíveis para a população brasileira a partir de janeiro.
A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada clínica, de testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.