A internet possui seus defeitos, mas inegavelmente é provida de grandes qualidades. Quando precisamos fazer uma pesquisa sobre determinada palavra, o Google nos apresenta a resposta com facilidade e rapidez. Em uma reflexão a respeito do termo ‘cosmologia’, podemos digitar a palavra no Google, e a resposta é a seguinte: “Ramo da astronomia que estuda a estrutura e a evolução do universo em seu todo, preocupando-se tanto com a origem quanto com a evolução dele”.
Ao lermos essa definição, fica claro que a ‘cosmologia’ tem um caráter objetivo, científico, inclusive do ponto de vista físico, pois a astronomia possui vínculos com a física, o que é notável e fascinante. Quando estudamos a cultura indígena, somos apresentados à ideia de que os indígenas possuem sua própria cosmovisão. Mas o que seria ‘cosmovisão’? O Google responde: “Maneira subjetiva de ver e entender o mundo, especialmente as relações humanas e os papéis dos indivíduos e o seu próprio na sociedade, assim como as respostas a questões filosóficas básicas, como a finalidade da existência humana, a existência de vida após a morte etc.; visão de mundo”. Portanto, se a ‘cosmologia’ possui um caráter objetivo, a ‘cosmovisão’ é marcada pelo aspecto subjetivo. E aí a situação torna-se mais interessante. Mais complexa. Os gregos antigos tinham sua cosmovisão, com sua religião politeísta, de vários deuses. Os cristãos possuem sua cosmovisão, os ateus também, e da mesma forma acontece com vários grupos humanos. Tenho direito a criar minha própria cosmovisão? Por que não?
Essa reflexão nos ajuda a entender que o ser humano, seja individualmente, seja em grupos, deve ter suas crenças respeitadas. A percepção da variedade de ‘cosmovisões’ nos ajuda a compreender que, nesta seara, nesta temática, não há verdade objetiva.