Início Geral Corsan descarta o racionamento, mas deve fazer estudo no Lago

Corsan descarta o racionamento, mas deve fazer estudo no Lago

EVERSON BOECK
[email protected]

A falta de um contrato entre a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) é o obstáculo para a realização de obras maiores e constantes na cidade, segundo o regente da unidade local, Rogério Medeiros. Problemas no abastecimento em alguns pontos nos últimos dias estão relacionados a problemas de rede e não à falta de chuva.
De acordo com o gerente, mesmo o Lago Dourado, principal fonte de captação do município, tendo baixado 60 centímetros em seu nível de novembro para cá, não há possibilidade de racionamento. “Os reservatórios continuam estáveis. Embora a situação no Estado esteja à beira de uma calamidade, em Santa Cruz do Sul ainda resistiríamos de dois a três meses sem chuva, claro que com uso consciente por parte da população, sem desperdícios. Se a estiagem continuar, a partir disso seria muito preocupante”, explica.
Segundo Medeiros, equipes da Corsan estão trabalhando a todo vapor para solucionar alguns problemas pontuais, resolvendo dificuldades rotineiras, porém são fundamentais outras obras maiores e constantes na cidade, o que neste momento não é possível pela falta do contrato com o Município. “Estamos tendo problemas de vazamento em alguns lugares da cidade e para consertá-los é preciso, de forma extraordinária, fechar os registros em determinadas horas do dia”, esclarece.
No que diz respeito ao abastecimento, o gerente sublinha a má estrutura da cidade. “Santa Cruz é muito desnivelada, com uma estrutura complexa. Daí a importância das válvulas reguladoras que já melhoraram muito a distribuição. Já colocamos algumas, mas precisamos colocar mais 12, porém são caras e exigem investimentos maiores”, frisa.
Na esfera federal, há um grande volume de verbas sendo destinadas para a área de saneamento, conforme Rogério. “Estamos deixando de captar muito dinheiro pela falta do contrato com a Prefeitura. Isso nos impede de ir atrás de recursos para investimentos grandes na cidade. Precisamos acompanhar o crescimento de Santa Cruz do Sul com obras constantes que vão além de manutenção e reparos”, afirma.
Conforme Medeiros, o município possui um benefício inestimável em termos de captação de água – o Lago Dourado. “Ele é uma lâmina imensa onde seu montante é oriundo do Rio Pardo, que se transforma nesta reserva que abastece a cidade. Por isso conseguimos passar por esta seca sem maiores transtornos. No entanto, precisamos ficar de olho em nossos reservatórios e nos prevenir para o futuro próximo”, analisa. Nos próximos meses a Corsan deve fazer um estudo do Lago Dourado para saber a real quantidade de água disponível. “Precisamos conhecê-lo a fundo para saber o que fazer daqui para frente”, acrescenta.

DIVULGAÇÃO/RJ

Nos próximos meses a Corsan deve fazer um estudo do Lago Dourado
para saber a real quantidade de água disponível

ALYNE MOTTA

Segundo o gerente da Corsan em Santa Cruz, “é preciso conhecer a fundo
o Lago Dourado e saber a real quantidade de água disponível”

DIVULGAÇÃO RJ

Medeiros: “Estamos deixando de captar muito dinheiro
pela falta do contrato”