Ricardo Gais
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Santa Cruz do Sul vem apresentando números positivos em relação ao enfrentamento da Covid-19, se comparado com a situação atual de outras cidades do Rio Grande do Sul, inclusive do Vale do Rio Pardo. No entanto, isso não significa que o município está imune ao vírus, visto que já há casos confirmados da doença.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, foi confirmado nesta semana o estado de transmissão comunitária, ou seja, o vírus está sendo contraído dentro da própria comunidade. “Qualquer pessoa pode estar transmitindo”, relatou.
No entanto, Régis destaca que Santa Cruz está conseguindo um tempo maior para se preparar na medida do possível, mas salienta que é impossível estar preparado completamente, já que o tamanho do impacto do vírus na cidade ainda é incerto. “Se ainda temos um fôlego um pouco maior que outras localidades, temos que segurá-lo. Inclusive, por conta da classificação de bandeiras”.
As bandeiras que o secretário se refere são do modelo controlado de distanciamento social, imposto pelo Governador Eduardo Leite, que classificam o Estado em regiões. Estas bandeiras mudam conforme a propagação do vírus na região e leva em conta também o número de leitos de UTI disponíveis. A região de Santa Cruz está com a bandeira laranja (risco médio). Caso a região receba bandeira preta, será classificada como risco altíssimo e a partir de então é determinado o lockdown, que se refere ao bloqueio total de uma região. Até o momento, não há nenhuma localidade com está medida no Rio Grande do Sul.
É importante manter as regras e cumpri-las, destaca o secretário. “Temos que seguir com as medidas de prevenção que foram estabelecidas ainda no decreto de calamidade pública, há quase dois meses. É a saúde e a vida que devem ser nossas maiores preocupações neste momento. São tempos difíceis para todos”, salienta Régis.
DISPONIBILIDADE
A Igreja Católica de Santa Cruz, disponibilizou o seminário para leitos de observação e hospedagem, para pacientes com a Covid-19. Caso seja necessário será usado pela prefeitura. Conforme o secretário Régis, o Padre Eleutério Orsolin estima que estejam à disposição 100 leitos.