Débora Dumke
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Campanha “Aposte no que você acredita”, produzida pela agência Ampfy, através de uma história emocionante de fé, superação e vitórias, tem como finalidade convidar os brasileiros a apostarem durante a Copa do Mundo. O futebol está no nosso DNA e o comercial traz essa ideia de acreditar e arriscar nos nossos sonhos e objetivos, superando os desafios e indo atrás da conquista. O comercial teve como um dos principais personagens Gilmar Almeida da Silveira, atuando como pai do atleta.
Santa-cruzense, trabalha com teatro desde 1995 e um dia ele pensou em trabalhar com vídeo TV, a partir daí decidiu que iria para o Rio de Janeiro, ficando um ano lá. Realizou o cadastro na Rede Globo. Largou tudo que tinha aqui e foi estudar interpretação para a televisão. Formado em Educação Física, possui cursos de extensão em teatro. “O meu foco é esse, vou trabalhando em cima do que eu quero.” Ele ainda conta que voltou para cá, mas na cidade de Santa Cruz do Sul não fazem testes, somente em Porto Alegre. Possui perfis de ator, no qual realiza curtas e não cobra por isso, só faz para ter material. “Estou no cadastro nacional de atores. Em março fiz um teste com a Netflix para a minissérie/documentário sobre a Boate Kiss, no entanto acabei não passando.
Eles mandam os testes e é como se fosse etapas, e vão escolhendo quem eles realmente querem no final”, contou ele. Primeiro eles escolhem a pessoa, depois apresentam para o patrocinador, e eles precisam aceitar.
Betano é um site de apostas internacional. O comercial tem duração de um minuto e cinco segundos e foi gravado na cidade de Porto Alegre, no estádio do Grêmio e do Internacional, CTG de Treinamento, uma vila e dentro do ônibus. “Era um ônibus antigão, em que ficávamos rodando, era bem louco. Uma coisa muito doida. Estar dentro de um ônibus, um monte de gente na frente e os figurantes. Durou uma semana, mas participei na quinta e sexta-feira e no domingo. É um processo intenso”, relatou ele.
Na publicidade tem uma cena em que não aparece muito, mas é a hora que o jogador perde o pênalti e logo em seguida, acerta. Em ambas as cenas é muito emocionante, acontece o choro de felicidade e de tristeza. O comercial não tinha texto então tiveram que ir adaptando. “O que apareceu na propaganda é uma mistura de texto que a gente improvisou. Emocionalmente pesado. A cena que estou no meio da vila brigando. Fiquei uns 30 minutos brigando, para pegar de vários ângulos. Quando olhei em volta, todos da vila estavam observando as gravações. É uma experiência muito gratificante, mas precisa manter o controle emocional. É uma projeção incrível. É cinema”, ressaltou ele.
A cena que mais emocionou Silveira foi a cena do ônibus. “É uma sequencia: eu brigo com o técnico, começo a xingar e fico muito bravo, após, o filho vem e tira ele dali e pede para parar. Daí acontece a cena do ônibus, em que ele está bravo comigo, pois eu tinha extrapolado”, informou. Gilmar ainda reflete que é uma repetição da cena, o que favorece a emoção, deixando o momento muito pesado.
Silveira ainda diz que deu muita sorte, pois está fazendo comercial daquilo que está vivendo, que apostou naquilo que acredita e que é indispensável ter objetivos. Ainda conta que se tivesse a oportunidade de realizar uma novela, ele realizaria, pois é algo histórico, e ele não poderia não aceitar.
Gilmar ainda conta que eles vão gravando as cenas direto, se está bom eles já salvam, não possui erros. Antigamente quando gravava deveria ficar uma semana ou mais para se precisar refazer. “Eu não sei porquê fui escolhido, muitas vezes é por aparência física e também com a capacidade de empatia. É a arte de se colocar no lugar do personagem. E você precisa estar calmo e colocar sua energia. Quando for fazer o teste preciso ser eu mesmo. Eu vou ser o personagem, eu preciso ser algo próximo a mim. Na verdade eu fui meu pai, meu pai era assim, meu pai era isso”, refletiu ele.
“Os projetos futuros é não ficar louco, pois é muito fácil ficar louco. Alguém pode vir aqui e falar que tem um job (trabalho)”, brincou ele. Ele ainda continua, “Antes de qualquer coisa é ter os pés no chão, não atropelar nada, se eu não tiver centrado eu perco o teste. Tenho que estar calmo e transmitir essa calmaria para o teste.”
“A melhor fase da minha vida é agora. Eu estou aqui e estou lá, tirando essa mitologia de não alcançar. É tudo sistemático. Antigamente nós falávamos que tínhamos que ser bons no nosso espaço, mas não existe isso, se você é bom no seu espaço, você vai ser bom em qualquer outro lugar. Só vai aumentar o número de pessoas competentes. Eu sou bom lá, porque eu sou bom aqui também. Ou seja, somos bons em qualquer lugar, se persistir nisso”, concluiu Gilmar.