O Brasil não teve facilidades diante da organizada defesa da Suíça, mas garantiu a vitória de 1 a 0, nesta segunda-feira, 28, e conquistou de forma antecipada uma das duas vagas do Grupo G para as oitavas de final da Copa do Catar. O jogo foi no Estádio 974, a famosa arena construída com 974 contêineres às margens da baía de Doha e que será desmontada ao final. A vitória teve um sabor especial, pois foi a primeira da seleção brasileira sobre a equipe europeia em Mundiais, após dois empates.
As primeiras jogadas construídas pela seleção brasileira foram explorando a velocidade de Richarlison pela ponta. Mas nenhuma oportunidade foi criada, o que fez com que o goleiro Sommer não precisasse entrar em ação. Era claro que faltava um driblador como Neymar para quebrar as linhas defensivas da Suíça. Por optar por dois volantes de contenção na equipe titular, Casemiro e Fred, Tite acreditou que Paquetá poderia fazer essa função. Porém, ele apareceu menos do que se esperava.
Paquetá cruzou uma bola na pequena área aos 18 minutos, que Elvedi cortou antes de chegar em Richarlison. A fama de ferrolho suíço, criada há mais de 70 anos, fez sentido no confronto desta segunda, pois a equipe europeia se defendeu com nove jogadores durante toda a etapa inicial. A não ser aos 26 minutos, quando o lançamento de Raphinha foi certeiro para Vinícius Júnior, sozinho, pegar de primeira. Foi o primeiro chute a gol do Brasil, e Sommer colocou para escanteio.
Aos 31 foi opróprio Raphinha que arrisca de fora da área, no meio do gol, para o goleiro suíço encaixar. Aliás, encaixada foi como a equipe canarinho ficou durante os primeiros 45 minutos. Sem criatividade, a equipe de Tite caiu na armadilha do suíço Murat Yakin e aceitou o 0 a 0.
Para a etapa final, Rodrygo entrou no lugar de Paquetá, sinal de que a estratégia inicial não deu certo. Nos primeiros minutos, a seleção piorou, permitindo aos suíços pressionarem e incomodarem a meta de Alisson. Aos 19 minutos, enfim, Casemiro descolou um passe perfeito para Vini Júnior, que passou como quis pelo zagueiro Elvedi e tocou na saída de Sommer. Porém, o juiz de El Salvador anulou o gol, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), marcou impedimento de Richarlison no nascedouro da jogada e abulou o gol.
Depois disso Tite fez várias substituições. A Suíça, estática na defesa, segurava o 0 a 0 e abdicou de ir ao ataque. Até que, aos 38 minutos, enfim, Casemiro recebeu passe de Rodrygo na área, pegou de primeira e bateu forte para balançar a rede defendidas por Sommer e marcar um golaço: Brasil 1 a 0.
Aos 47 minutos, Vinícius Júnior teve uma chance de ouro, partindo livre rumo à área suíça, mas foi desarmado. Curiosamente, saiu rindo de mais uma chance perdida. Rodrygo, na sequência, também teve tudo para marcar um gol e chutou em cima de um zagueiro. A Suíça ficou na roda, numa partida na qual o Brasil mostrou pouco futebol no 1º tempo, mas fez o suficiente para vencer. Numa Copa do Mundo, às vezes, mais importante do que jogar bonito, é ganhar as partidas.
Na próxima rodada, a partir das 16 horas (de Brasília) de sexta-feira, 2, o Brasil, já classificado para as oitavas e com tudo para ficar em primeiro lugar na chave, enfrentará Camarões. No mesmo horário, a Suíça terá um duelo europeu contra a Sérvia. A sorte está lançada. Os adversários para a próxima etapa sairão do Grupo H, que tem Uruguai, Portugal, Gana e Coreia do Sul – o primeiro colocado de uma chave enfrentará o segundo da outra. (Agência Brasil)
Grupo G
2ª rodada
Brasil 1 a 0 Suíça
Quando: ontem.
Onde: Estádio 974, em Doha.
Arbitragem: Ivan Barton (El Salvador), com David Moran (El Salvador) e Zachary Zeegelaar (Suriname); Said Martínez (Honduras).
VAR: Drew Fischer (Canadá), com Armando Villarreal (Estados Unidos), Kathryn Nesbitt (Estados Unidos) e Fernando Guerrero (México).
Cartões amarelos: Fred (Brasil); Rieder (Suíça).
Gol: Brasil – Casemiro (38/2ºT).
Brasil: Alisson; Éder Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Teles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Richarlison (Gabriel Jesus) e Vini Júnior. Técnico: Tite.
Suíça: Sommer; Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Xhaka, Rieder (Steffen), Sow (Aebischer) e Rubén Vargas (Fernandes); Embolo (Seferovic). Técnico: Murat Yakin.