Ajustando os últimos detalhes antes do evento-teste deste sábado, com a partida entre Internacional e Caxias, pelo Campeonato Gaúcho, o Beira-Rio vive um impasse que pode deixá-lo fora da Copa do Mundo. As estruturas temporárias, específicas para o Mundial, são motivo de discórdia entre a diretoria do Colorado, a Fifa e o governo municipal de Porto Alegre.
As estruturas temporárias abrigam, no entorno do Beira-Rio, as áreas de imprensa, energia, tecnologia da informação e segurança, entre outras, necessárias para a organização da Copa. Fazem parte das despesas, por exemplo, gastos com assentos, tendas, plataformas, passarelas, cercas, iluminação, cabos, mobiliário e divisórias. Com um custo de R$ 30 milhões, o presidente do Internacional, Giovani Luigi, afirmou que não vai assumir essa conta, já que o clube bancou a reforma do estádio sem a ajuda do financiamento público.
“Existe, sim, o risco de perdermos a Copa. E ele não é pequeno. A parte que o Internacional vai pagar é a maior de todas. Além do estádio, estamos cedendo todas essas áreas (Gigantinho, Centro de Eventos e edifício-garagem) para as estruturas temporárias. As outras questões referentes a estruturas temporárias, o Inter não assumirá”, disse o dirigente em entrevista à Rádio Gaúcha.
Giovani Luigi também afirmou que, caso Porto Alegre deixe de sediar a Copa, o prejuízo será maior para a cidade, já que o Internacional já concluiu a reforma do Beira-Rio.
“É um problema que não é difícil de ser resolvido e que é de toda a sociedade gaúcha. Se a Copa não acontecer aqui, o Internacional já tem o seu estádio novo, moderno. Será uma perda para o Internacional? Claro que será. Mas eu entendo que, nós gaúchos, como sociedade, perderemos muito mais”, completou Giovani.
Na próxima segunda-feira, o secretário-geral da Fifa vai se encontrar com o governo do Rio Grande do Sul, para tratar das questões que envolvem o Beira-Rio. O prazo para entrega das estruturas temporárias é 22 de maio. (fonte: Portal 2014)