Início Política Convenção aprova o nome de Dilma para tentar reeleição

Convenção aprova o nome de Dilma para tentar reeleição

Everson Boeck
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Em convenção nacional em Brasília no último sábado, 21, com a presença de filiados ao partido e de aliados, delegados do PT dos 27 estados levantaram os crachás em apoio à candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição e em defesa do slogan “Mais mudanças, mais futuro” e das principais reformas propostas no programa de governo. Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de candidatos a governador pelo PT e de pelo menos nove ministros do atual governo, estiveram presentes na convenção representantes de partidos aliados que já referendaram ou ainda vão oficializar a aliança nacional, como PCdoB, PRB, PP, PSD, PMDB, PROS e PDT.
A presidenta Dilma Rousseff avaliou a reforma política como fundamental para melhorar a qualidade da política e da gestão pública. “A transformação social produzida pelos nossos governos criou as bases para a promoção de grande transformação democrática e política no Brasil. Não vejo nenhum caminho que viabilize a reforma política que não passe pela participação popular”, afirmou. Ao lembrar projetos criados pelo governo, frisou que o novo ciclo que pretende concretizar no país manterá dois pilares básicos de um “ciclo extraordinário” iniciado em 2003: solidez econômica e amplitude das políticas sociais.

Sheyla Leal/AGpt

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho da
militância do PT para eleger a presidenta Dilma Rousseff

Já são seis na corrida à Presidência

Além de Dilma Rousseff (PT), a ex-deputada estadual Luciana Genro foi confirmada neste domingo, 22, pelo PSOL como candidata à Presidência da República e Jorge Pires para candidato a vice. Ele é membro do diretório paulista da sigla. O nome de Luciana e Jorge foi referendado por 61 membros do diretório nacional  e 27 representantes de diretórios estaduais do partido. Deputada estadual de 1995 a 2002 e federal de 2003 a 2011, ela concorre à Presidência no lugar do senador Randolfe Rodrigues (AP), que desistiu de concorrer.
No dia 14 de junho quatro partidos – PSDB, PV, PSC e PSTU – já haviam oficializado em convenções nacionais suas candidaturas à majoritária. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) definiu a candidatura do senador e presidente do partido, Aécio Neves (MG), à Presidência da República nas eleições de outubro. O nome que concorrerá à vice-presidência em sua chapa será decidido em reunião da executiva nacional do partido marcada para o dia 30, às 10h. O Partido Verde (PV) elegeu, durante sua convenção na sede do Partido, em Brasília, o médico e ex-deputado federal Eduardo Jorge como candidato da legenda na eleição para presidente da República, em outubro. A atual vice-prefeita da Bahia, Célia Sacramento, também do PV, complementa a chapa como vice.
O Partido Social Cristão (PSC) homologou o nome do Pastor Everaldo Pereira como candidato à Presidência da República. A convenção foi feita na Assembleia Legislativa de São Paulo, na capital paulista, com a presença de 60 delegados, dos quais todos votaram no pastor. O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lançou oficialmente a candidatura de José Maria de Almeida, o Zé Maria, à Presidência da República. A legenda escolheu ainda a professora e assistente social Cláudia Durans para a candidatura de vice-presidente. A convenção aconteceu no auditório do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo e reuniu cerca de 500 pessoas. (Com informações da Agência Brasil)

Mais um

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) realiza no próximo sábado, 28 de junho, o Congresso Nacional Extraordinário – órgão correspondente a Convenção Nacional – que formalizará a chapa presidencial Eduardo Campos e Marina Silva. O evento ocorrerá das 9h no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

Luciana Genro foi confirmada pelo PSOL como
candidata à Presidência da República

PTB rompe com PT

Após oficializar Dilma Rousseff como pré-candidata à reeleição da República, o PT recebeu a notícia que não receberá o apoio do PTB nas eleições deste ano. Ao desistir da aliança com os petistas, o PTB anunciou oficialmente no sábado, 21, que vai apoiar o principal candidato de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo o presidente nacional do PTB, Benito Gama, o partido está “sintonizado com o desejo de mudanças que vem sendo expressado pelo povo” e essa seria a principal razão da aliança. No entanto, a mudança decisiva pode ter sido deflagrada pelo descontentamento do PTB quando a promessas não cumpridas do atual governo na partilha de cargos.
O deputado federal Sérgio Moraes (PTB) já havia se manifestado durante entrevista ao Riovale Jornal na sexta-feira que não se posicionaria com relação ao apoio da sigla à majoritária estadual e federal. Ontem, ele reiterou esta afirmação. “Independente desse movimento do partido, decidi que não devo me envolver com a majoritária nesse primeiro turno. Vou esperar a resposta do povo. Não vou colocar adesivo nem de um nem de outro. O partido se vende muito fácil e sou um dos poucos que briga para que ele tenha uma linha e não troque ideais por cargos”, disse. Moraes criticou o fato do PTB ter rompido sua aliança com o PT e apoiar a candidatura de Aécio Neves.
O presidente do PT em Santa Cruz do Sul, Renato Araújo, afirma que a notícia do afastamento do PTB em nível federal foi recebida com frustração e tristeza. “Ainda que o PTB tenha retirado sua candidatura a vice-governador por ter, talvez, interesse em ter mais deputados concorrendo, esperamos que ele se mantenha coligado conosco apoiando a chapa para o governo do estado. Esperamos que os ideais do partido prevaleçam e continuem acima de interesses particulares de alguns grupos e, aqui no estado, a composição fique como estava”, comenta.