Clarice Pacheco
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O Rio Grande do Sul já vive uma epidemia de dengue desde o início de 2024, de acordo com dados do Painel da Dengue da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS). Para médicos e gestores municipais a doença virou uma emergência em saúde pública sem precedentes no país em relação a uma arbovirose, pois o Brasil já bateu o preocupante recorde de mais de 2 milhões de casos, e ultrapassou as mil mortes pela doença nesta quarta-feira, 3 de abril.
Em Santa Cruz do Sul, na última semana, o número de notificações teve um aumento de mais de 400 novos casos. Também os positivados passaram a marca de 100 casos a mais em sete dias, sendo que 239 pacientes ainda estavam à espera de resultado de exames para confirmação ou não da doença. O município vem variando o número de pacientes internados por dengue, no dia 27 de março, eram quatro pessoas internadas (uma no Hospital Ana Nery e três no Hospital Santa Cruz), já no dia 2 de abril, apenas um paciente estava internado.
Com esses dados, o setor de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura Municipal segue dando continuidade às ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, e pedindo à população para que mantenham os pátios limpos e não deixem água acumulada, e que usem repelentes para evitar as picadas de mosquitos, que possam estar contaminados pelo vírus da dengue.
Os agentes estão em campo buscando focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, e seguem fazendo a aplicação de larvicida biológico. A força-tarefa, que iniciou em 19 de fevereiro, já contemplou mais de vinte localidades do município. O larvicida não é prejudicial à saúde humana e nem para os animais domésticos. A aplicação vem ocorrendo pelo equipamento veicular, cujo gerador tem potencial de longo alcance, e com equipamentos costais, que buscam acessar locais, que o veicular não alcança. Nesta sexta-feira, 5, a aplicação de larvicida prossegue nos bairros São João e Várzea, e no sábado, 6, a aplicação seguirá pelo bairro Várzea.
Também para o secretário municipal da Saúde, Fabiano Dupont, a principal arma para o enfrentamento da dengue é a prevenção. Ele ainda pede que os munícipes procurem atendimento logo nos primeiros sintomas. “Assim pode-se evitar complicações, internações, e até óbitos”, alertou o secretário.