Ricardo Gais
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Dezembro chegou e muitas famílias já estão se adiantando com as compras para a ceia de Natal. Um fator levado em consideração é a pesquisa de preço nos supermercados de Santa Cruz do Sul, já que alguns produtos tiveram aumento e outros mantiveram o mesmo patamar do ano passado.
O presidente do Sindigêneros do Vale do Rio Pardo, Celso Müller, pontua que o crescimento das vendas é visto com cautela pela entidade, já que no ano passado ocorreu uma maior injeção de dinheiro no bolso do consumidor e muitas pessoas ficaram na cidade devido à pandemia. “Considerando o atual momento e com as incertezas, eu acho que vamos ter uma queda de 5% a 7% nas vendas nos supermercados de Santa Cruz se comparado ao ano passado”.
Já o preço dos produtos tradicionais da época deve ter entre 8% e 12% de aumento, acredita Celso Müller. “Comparando com o ano passado, várias coisas tiveram pouco aumento sendo cerca de 5% nos produtos natalinos. Ainda é cedo para termos uma previsão, mas hoje não estamos muito otimistas. Acho que alguns setores do comércio também estão assim”, sublinhou. As tradicionais frutas como uva, abacaxi, manga e outras, além das bebidas como refrigerantes e espumantes não irão registar aumento, lembrou o presidente do Sindigêneros.
Um resultado que pode amenizar no bolso do consumidor é a recente pesquisa do custo da Cesta Básica Nacional em Santa Cruz do Sul, que teve uma redução de 3,70% no período de 4 de novembro a 2 de dezembro de 2021, passando de R$ 555,08 para R$ 534,53, uma redução de R$ 20,56. Entre 2020 e 2021, o consumidor teve que desembolsar cerca de R$ 57,18 a mais no momento de ir às compras.
O reflexo da queda do valor de alguns produtos é sentido pela dona de casa, Josiane Klafke, de 31 anos, moradora da localidade de Arroio do Couto, interior de Santa Cruz. Ela esteve ontem em um supermercado da cidade para realizar algumas compras e já está pesquisando o valor dos produtos natalinos. “Eu percebi que o preço do arroz, da carne e demais itens básicos deram uma estabilizada”, relatou.
Com a proximidade das festas de fim de ano, a consumidora aproveitou as idas ao supermercado para espiar o preço dos tradicionais produtos que fazem parte das ceias. “Pelo que percebo, vou gastar uns R$ 500, no mínimo, tendo como base o chester, por exemplo”, pontuou.
Angela Lunardi, de 64 anos, moradora do Bairro Arroio Grande, também já circula pelo mercado atrás dos itens da época. Ontem à tarde, ela já adiantava a compra de cestas natalinas para evitar a correria de última hora. “Os produtos da ceia eu vou esperar um pouco para comprar, mas já estou pesquisando os valores, apesar de não variarem muito”, disse. Ela acrescenta: “eu sou a responsável pelas compras e já sei que o chester e a champanhe não podem faltar”.