Ricardo Gais
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A segunda edição Lixo Zero de Santa Cruz do Sul foi inovadora neste ano em função da pandemia de Covid-19. O projeto contou com 72 ações sobre educação ambiental e reciclagem, que foram realizadas de forma virtual. De acordo com Débora Leonhardt da Silva, engenheira Ambiental e embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Santa Cruz, a ação foi de muito aprendizado sobre a temática. “O engajamento de empresas e pessoas físicas surpreendeu, uma vez que este ano todas as ações foram propostas pelas entidades”, disse.
O total de material coletado nesta edição foi inferior a primeira edição. Débora credita esse fato por não terem sido realizados grandes mutirões de limpeza em áreas públicas e nas trilhas ecológicas. “Foram realizadas ações nos ecopontos da Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) e no ponto de coleta de tampinhas”, pontuou. O volume total arrecadado de resíduos que serão encaminhados à indústria de reciclagem foi superior a uma tonelada.
Débora lembra que é importante realizar a higienização das embalagens e separar os resíduos sólidos nas três frações – recicláveis, orgânicos e rejeito -, e efetivamente encaminhá-los à coleta seletiva e/ou ao ponto de entrega voluntária.
Apesar dessas ações de conscientização para que a população descarte seu lixo de maneira correta e nos lugares certos, ainda percebemos, tanto no Centro de Santa Cruz como nos bairros, que há lixo nas ruas. Na principal rua do Município, a Marechal Floriano, aos fins de semana muitas pessoas passam pelo local para tomar sorvete, por exemplo, e alguns cidadãos deixam a colherinha, guardanapo e até copos plásticos atirados no banco ou nas floreiras. Em setembro deste ano, também entrou em vigor a lei que proíbe os canudos plásticos para combater a poluição no meio ambiente. A embaixadora do Lixo Zero pontua que é necessária uma ação forte, efetiva e contínua de comunicação em parceria entre as entidades sobre educação ambiental, sobre o consumo consciente e o poder de recusar determinados utensílios, como copos, canudos e sacolas plásticas. “A principal dica para a população é a conscientização no momento da compra dos produtos, escolher produtos com embalagens recicláveis e quando possível realizar as compras a granel”, reforçou.
Para que ações de conscientização e coleta sejam permanentes, Débora comenta que um cronograma de atividades está sendo elaborado para ser executado durante todo o ano. “Assim que possível, vamos divulgar as ações propostas à comunidade”.