Lavignea Witt
Após muitos dias de calor intenso, iniciou-se uma das estações mais características do Sul do País: o outono. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o outono no Hemisfério Sul começou no dia 20 de março, domingo passado, às 12h33(horário de Brasília), e terminará em 21 de junho, às 6h14. É uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.
No período do outono, é comum as chuvas serem mais escassas no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino. A estação caracteriza-se também pelas primeiras incursões de massas de ar frio, vindas do sul do continente sul-americano, e que provocam a queda das temperaturas, principalmente na Região Sul e em parte da Sudeste.
De acordo com o Climatempo, o outono 2022 terá características fora do seu padrão usual por causa do fenômeno La Niña, que continua ativo e se intensificou no Pacífico Equatorial Leste. As frentes frias do outono tendem a ser mais oceânicas, com pouco ar frio pelo interior do continente. Em 2022, ele também será caracterizado por menos chuva do que o normal nos Estados do Sul.
Em relação a essa região, o Inmet afirma que o prognóstico climático indica que, em decorrência do fenômeno La Niña, as chuvas serão abaixo da média na maior parte do território. Porém, não se descarta a entrada de frentes frias que poderão provocar chuvas sobre a parte leste. A temperatura do ar no Sul deverá prevalecer próxima e acima da climatologia do período, e há a possibilidade de ocorrer a incidência de geadas, principalmente em áreas serranas, à medida que se aproxima o inverno.
O destaque para maio será a primeira onda de frio forte do outono, esperada para a segunda quinzena do mês. Até lá, algum resfriamento leve pode acontecer nos Estados do Sul, mas não se espera no decorrer de março e abril nenhum evento de frio extremo que possa realmente chamar atenção e causar geadas preocupantes. Áreas serranas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina poderão apresentar alguma geada em abril, mas concentradas nas áreas mais altas, acima de 1.000 metros de altitude.