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Como será o casamento?

Internacional e Andrade Gutierrez tiveram um namoro conturbado, um noivado cheio de confusões, marcaram várias datas para o casamento, e estão deixando os convidados apreensivos e irritados. Sem falar dos próprios noivos que se pudessem, partiriam para uma nova relação. A data do enlace, acreditem, ainda nem foi marcada. Agora imaginem depois da assinatura no altar, quando estiverem finalmente com o compromisso firmado, como será a relação de 20 anos. Já pensaram nisso? Como vão se relacionar os dois que tiveram um namoro tão tumultuado e tão cheio de incertezas?
 

Serão duas décadas de convivência, de contatos diários, de acertos financeiros, pode isso, não pode aquilo. Pobre presidente Giovanni Luigi que deve ter envelhecido no mínimo dez anos antes do casamento e gostaria tanto de estar preocupado apenas com o futebol, como todos os presidentes de clubes, ainda mais em meio a uma disputa de Libertadores. A data da assinatura do contrato não está confirmada, muito menos a data do início das obras. Com 120 milhões de reais o Internacional poderia deixar o estádio como exigia a FIFA para a Copa do Mundo. Sei que cerca de 70 milhões o clube já teria conseguido, e 50 milhões viria da boa vontade dos colorados, que não são poucos. Agora não tem mais volta. As opções são Andrade Gutierrez ou Andrade Gutierrez, e todos os colorados rezam para que o casamento em principio saia, e que seja depois o mais pacífico possível.
 

Escrevi sobre o encontro com Dorival num restaurante, a decisão dele de não escalar Tinga e Dagoberto que não estavam no treino de definições para o jogo contra o Santos, e o mundo de críticas que ele teve que ouvir e ler depois da derrota na Vila Belmiro. Críticas justas, mas para um ser humano, nunca é bom ouvir uma avalanche delas sobre a sua pessoa. Mas Dorival, aceitou na boa, educadamente como sempre. Agora, imagina a situação do técnico do Novo Hamburgo, Itamar Schulle, que fez a melhor campanha do primeiro turno do gauchão, perdeu o título nos pênaltis para o Caxias, e por causa de uma derrota, de goleada tá certo, para o Grêmio no domingo, foi demitido pelo clube. O treinador que pelo menos ajudou a montar um dos melhores grupos do campeonato, fora a dupla Gre-Nal, pagando uma folha igual ou inferior aos demais clubes do interior, levou uma goleada no Olímpico para um Grêmio em estado de graça, e acabou perdendo o emprego na segunda rodada do segundo turno, ou seja, dois jogos depois da grande final. Eu comentava com o Clemer – treinador do sub-17 do Inter –  no estúdio do Globo Esporte,  vida de treinador, de goleiro e de juiz de futebol, não é fácil. É preciso acertar sempre, todos os dias, caso contrário, perde o emprego, leva vaia, é criticado, enfim. Que o digam o Itamar Schulle, o Dorival Junior, e até o Luxemburgo por não ter escalado o Bertoglio desde o início da partida contra o Novo Hamburgo. Treinadores, vida difícil.