Tiago Mairo Garcia
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Um período de queda e forte retração no faturamento das empresas. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul para avaliar os resultados das vendas registradas no comércio no primeiro semestre de 2020. A pesquisa foi realizada com os empresários de Santa Cruz do Sul e região no período de 1º a 3 de julho de 2020. De um total de 212 empresas que participaram da pesquisa, 82 responderam de maneira voluntária e os demais via contato telefônico.
Considerando todos os seguimentos do comércio, a pesquisa apurou que em relação ao mesmo período de 2019, 16,5% das empresas não tiveram crescimento ou retração nas vendas e 17,5% não tiveram crescimento ou retração nos lucros. Já 67,5% dos empresários informaram não haver alteração no quadro de colaboradores e 27,8% confirmaram ter ocorrido demissões no quadro funcional em comparação ao mesmo período de 2019. A pesquisa também constatou que 69,8% dos empresários confirmaram ter optado pelo plano de manutenção de empregos do Governo Federal.
No setor de vestuário, um dos principais segmentos do comércio, 22 empresas responderam a pesquisa onde 49,9% destacaram que tiveram uma retração entre 30 e 40% nas vendas em relação ao mesmo período de 2019. Questionados sobre os lucros obtidos até o momento, 31,8% informaram que tiveram uma retração entre 40% e 50% dos lucros obtidos no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019. 54,5% dos entrevistados confirmaram que não houve alteração no quadro de colaboradores e 40,9% informaram ter ocorrido demissões no primeiro semestre de 2020.
AVALIAÇÃO
O presidente da CDL Santa Cruz, Marcio Farias Martins, destaca que os números demonstram o que já se via na prática entre os lojistas. “A principal data, que foi a Páscoa, foi seriamente atingida com o fechamento do comércio em geral no período que antecedeu. Assim, nos demais meses que se sucederam, houve uma retração significativa que vai levar um grande tempo para que se possa recuperar”, observou.
Martins destaca que de posse destes dados será possível fomentar campanhas no segundo semestre e buscar alternativas entre os lojistas e Poder Público para que o comércio volte a funcionar de uma maneira normal e busque uma recuperação gradativa dos prejuízos causados pela pandemia. “Os lojistas seguem muito preocupados com a pandemia, a forma como isso vem atingindo o mercado, e em especial, com a saúde financeira das empresas. Entendemos que é necessário que os comerciantes precisem criar alternativas junto com o Poder Público para conseguir alavancar as vendas e voltar a estimular a economia e o consumo”, finalizou. (Com informações da assessoria de imprensa da CDL)