Ricardo Gais
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Iniciada em 26 de junho deste ano, as obras de revitalização do Calçadão da Marechal Floriano, no centro de Santa Cruz do Sul. O primeiro trecho, entre as ruas Tiradentes e Sete de Setembro, que já está liberado para a passagem de veículos ainda não foi totalmente concluído. Falta a conclusão dos canteiros laterais e os novos arcos com iluminação de LED. Nesta semana, também foi dado continuidade as obras do segundo trecho do Calçadão, entre as ruas 28 de Setembro e Borges de Medeiros, no qual bloqueou totalmente o trânsito e está sendo muito questionada pelos comerciantes da área.
As obras do segundo ponto do Calçadão iniciaram quase um mês depois da primeira intervenção no primeiro trecho, 24 de julho, com a retirada da pavimentação existente em um lado da via e manutenção na rede de drenagem por parte da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Após feito esse trabalho, as obras estavam a passos lentos, e no começo desta semana foi dado sequência no local.
O ritmo em que as obras estão sendo realizadas é questionada pelos proprietários que possuem comércio nesta rua em reforma. Os comerciantes possuem uma opinião semelhante, que a obra é de bom grado e que será boa para Santa Cruz, no entanto, o momento – devido a pandemia de Covid-19 – e da forma que a obra está sendo executada gera revolta por parte dos proprietários. “O projeto é muito bom, mas o momento de iniciar a obra foi totalmente inadequado, uma vez que aqui nesse segundo trecho a obra está uns dois meses sem gente trabalhando. É hora de fazer um mutirão para finalizá-las”, disse Denise Souza, proprietária da Chocolates Brasil Cacau.
Os lojistas também estão apreensivos em relação com o prazo de conclusão da obra, já que o mês de dezembro, com a chegada das festas de final de ano, movimentam o faturamento e pode acabar sendo prejudicado. “Não estamos contentes, pois a obra não tem um cronograma que está sendo seguido. Isso nos deixa muito descontentes com a obra, pois dezembro será nosso principal mês para as vendas e caso não finalizada, seremos provavelmente prejudicados”, lamentou Simoni May, proprietária da Don Juan.
Catia que é dona da P de Pastel, disse que os clientes que antes estacionavam próximo do estabelecimento para buscar alguma comida, não conseguem mais essa facilidade. “Nosso faturamento já está caindo devido a pandemia e agora com a rua fechada prejudica mais ainda. Não era o momento correto para essas obras”, disse.
Do modo em que a obra está ocorrendo, também causa preocupação aos comerciantes, pois eles citam o baixo número de trabalhadores no local. “Na primeira quadra ainda não está pronto, apenas liberaram para o trânsito de veículos. O trabalho está muito lento”, completou Simone.
Em constantes contatos com a Prefeitura Municipal, através da assessoria de imprensa, até o fechamento desta edição não obtivemos retorno.