O ano sempre começa com festas e superstições. E, com ele, o convite para as pessoas refletirem sobre suas vidas, sobre o que passou e planejar o seu futuro… esse leque variado de temas – preconceito, saúde, cultura, paz, muitas vezes nos desvia do que acontece à nossa volta… Por exemplo, janeiro é composto por datas históricas marcantes, já tendo início com um feriado, inclusive, o único do mês: o Dia da Confraternização Universal, que – curiosamente – foi instituído como feriado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1935, sendo destinado a incutir nas pessoas a necessidade de união entre os povos, relembrando a esperança de que esse sentimento de amizade os acompanhe ao longo do ano que se inicia.
Já no dia 6 de janeiro – Dia dos Reis (e de retirar os enfeites de Natal), comemoramos, segundo a tradição cristã, a longaviagem, os reis magos Belchior, Gaspar e Baltazar para encontrar o local onde o Menino Jesus tinha nascido, a fim de presenteá-lo com ouro, incenso e mirra. Em outras épocas, costumava-se ouvir o som alegre de violão e gaita, trazendo os grupos conhecidos como ‘rezeiros’ ou ‘tiradores de reis’, entoando canções de Natal e afinal “Porta aberta e luz acesa, é sinal de alegria…”
Dia 9 é o Dia do FICO, recordando a data em que D. Pedro declarou que permaneceria no Brasil, proclamando a célebre frase “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Contrariando a vontade da corte burguesa, levou o Brasil a um importante marco do processo que originou a Independência. O dia 21 de janeiro, por sua vez, denominado como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, assinalado a luta pelo respeito às diversas crenças, para que todos tenham liberdade para professar a sua fé. E o dia 27 de janeiro comemora a data em que, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, foram libertados os prisioneiros de Auschwitz, o maior campo de extermínio nazista. Essa data tem como objetivo refletir sobre as consequências da intolerância e motivar a valorização e respeito por todas as raças.
O Dia Nacional das Histórias em quadrinhos, HQs, é comemorado desde 1984, em 30 de janeiro, recordando a data do lançamento da primeira história em quadrinhos no Brasil. Sendo as primeiras publicações em 1869, com “As Aventuras de Nhô Quim” ou “Impressões de Uma Viagem à Corte” foi publicada na revista “Vida Fluminense”. Com autoria de Angelo Agostini, a história relata a ida de um caipira para o Rio de Janeiro. A data traz uma excelente oportunidade para incutir o hábito da leitura nas crianças. (Vale a dica de leitura).
Entre tantas datas constituídas no nosso calendário, nem sempre paramos para refletir o porquê de suas existências. Tudo faz parte da nossa história, do nosso meio e da nossa evolução, enquanto seres humanos. Que possamos sempre refletir e compartilhar o que nos faz bem… e que possamos ir de querência em querência desse Rio Grande proclamando a alegria de viver… como dizem os versos: “Agora mesmo cheguemos/ Na beira do seu terreno / Para tocar e cantar / Licença peço primeiro. / Porta aberta, luz acesa / É sinal de alegria / Entra eu, entra meu terno / Entra toda a companhia. / Jesus Cristo está nascido / Para ser sempre adorado / Nosso prazer é profundo / És o filho de Deus que veio salvar o mundo”…
Além disso, tem muitos aniversariantes especiais no mês de janeiro… que possamos celebrar a vida a cada momento…
Um abençoado 2021… e uma feliz vida!