De agora até o mês de agosto está em vigor o calendário da chamada Poda Programada, com intervenções que vão contemplar a arborização existente nos bairros e no Centro da cidade. O manejo das árvores, realizado pela Secretaria Municipal de Transportes, Serviços e Mobilidade Urbana, envolve exemplares que estejam em conflito com edificações, que possuam ramos desvitalizados, que atrapalhem o tráfego de pedestres e veículos ou que estejam colidindo com placas e semáforos.
As primeiras podas foram realizadas nesta segunda-feira, dia 18, no Bairro Universitário. O serviço começou pela Rua Professor Henrique Carlos Elsenbruch. No decorrer deste mês serão atendidos também os bairros Renascença, Várzea, o Túnel Verde e corredores de ônibus. Já as ruas que não estiverem previstas na programação, somente receberão os serviços em caso de iminente risco à vida ou ao patrimônio, atestado pela Defesa Civil.
De acordo com a bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), Daiane Geiger, as intervenções seguirão rigorosamente o cronograma definido pela pasta para esta época, por ser este o período ideal, devido à fase fisiológica de cicatrização dos vegetais. Diferente dos pomares, onde a poda tem a finalidade de dar regularidade à produção de frutos, no caso do perímetro urbano, o propósito é a manutenção da copa em sua forma mais íntegra e natural.
Pelo sistema de rodízios, a cada ano diferentes bairros são contemplados. Daiana explica que, ao contrário do que muita gente pensa, a poda é contraindicada em períodos inferiores a três anos. “As árvores não devem ser podadas todos os anos por que isso causa estresse e dificuldade de reposição dos nutrientes”, explicou ela. Além dessa questão, o que também preocupa são as podas drásticas, que resultam em graves lesões nas árvores, podendo prejudicar substancialmente o desenvolvimento das plantas, inclusive levando-as à morte. “Infelizmente ainda temos visto muitas podas radiciais em diversos locais. As árvores ficam sem folhas e reduzidas a galhos ou tocos”, disse.
Daiane afirma ainda que o serviço realizado pela Prefeitura é modelo – são retirados, no máximo, até 30% da copa original – e que hoje não são mais atendidos casos isolados. Se algum morador que não estiver contemplado no calendário e mesmo assim queira realizar o serviço, ele deve contratar uma equipe terceirizada, devidamente cadastrada na Semass. Nesse caso o transporte dos resíduos vegetais é de responsabilidade do autor, que deverá depositá-los em terreno destinado para este fim, no Parque de Eventos.