“Santa Cruz do Sul me acolheu e quero fazer o melhor para a comunidade.” Com esta frase abrimos a entrevista com o novo comandante do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), “Regimento Gomes Carneiro”, tenente-coronel Marcelo Soares de Oliveira. Ele nos recebeu na manhã de segunda-feira, 24, para falar da carreira, desafios e expectativas à frente do Batalhão, composto por 760 militares, sendo 50 oficiais, 160 subtenentes e sargentos.
Natural de Santa Maria, o comandante é filho de Léo Nunes de Oliveira e Elenir Soares de Oliveira, nasceu em 17 de janeiro de 1976. Casado com Rosana Carina Flores Cardoso, tem um filho, Matheus Cardoso de Oliveira. Ele se mostrou orgulhoso em estar à frente do 7º BIB, pois nutre uma admiração grande por Santa Cruz do Sul. Antes de assumir o comando da unidade, estava servindo no Centro de Coordenação de Operações (CCOP) do Comando Militar da Amazônia.
“Em 10 de fevereiro de 1996, incorporei às fileiras do Exército Brasileiro. Prestei concurso público para a Escola Preparatória de Cadetes, para ingressar como oficial de carreira, em Campinas, sendo declarado aspirante a oficial da arma de infantaria em 25 de novembro de 2000, no qual fui classificado no 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) e desempenhei durante quatro anos as funções de oficial subalterno e comandante do Pelotão Especial da Fronteira”, relembra.
No triênio 2005, 2006 e 2007, Soares esteve na função de instrutor do curso de infantaria da Academia Militar das Agulhas Negra (Aman). Em 2008, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Em sua trajetória marcante, teve passagem em Santa Cruz, onde comandou, em 2009, a 2ª Companhia de Fuzileiros Blindada do 7º BIB. De 2010 até 2012, exerceu funções de instrutor do Centro de Instrução de Guerra na Selva. Em 2013, foi assessor de instrução militar na República do Senegal.
RECONHECIMENTOS
O comandante Marcelo Soares sempre buscou se aperfeiçoar cada vez mais na carreira e esta determinação lhe rendeu honras. “Concluí o curso de Operações na Selva em 2003. No ano de 2007, o curso Básico de Paraquedista. E, em 2020, o Avançado de Inteligência.” Recebeu condecorações em medalhas, como a Militar de Prata, a Marechal Osório – O Legendário, a de Serviço Amazônico com Passador de Prata, a de Corpo de Tropa com Passador de Bronze e a do Pacificador.
“Minha ligação com Santa Cruz do Sul é bem forte, tanto que voltei ao 7º BIB, de 2014 a 2017, quando fui chefe da 3ª Seção do Batalhão. Cursei, a partir do ano seguinte, a Escola de Estado Maior do Exército. Passei a ser oficial de Estado-Maior, chefiando a 2ª Seção da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, em 2019 e 2020. Também desempenhei a função de chefe da Seção de Operações do CCOP do Comando Militar da Amazônia”, acrescentou.
A acolhida em Santa Cruz foi avaliada como totalmente positiva pelo tenente-coronel. “Gostei muito da cidade e do 7º BIB, e isso fez com que eu retornasse aqui. Antes de assumir o comando, tive duas passagens por aqui. O 7º BIB é um batalhão completo. Dentre as minhas opções de comando, escolhi Santa Cruz do Sul. Meu pai serviu aqui. Assumir o comando de um batalhão é o maior desafio que temos na carreira. Gradativamente somos preparados para assumir a frente de um regimento. Os militares que aqui trabalham são muito bons e confio na função que exercem. Sinto-me tranquilo, pois todos são extremamente competentes.”
Sobre planos futuros, pontuou que toda a sistemática é analisada um ano antes. “Tudo é preparado estrategicamente. Visamos dar continuidade ao trabalho do comandante que passou o cargo, coronel Fernando Barcellos da Rosa. Quero zelar para que todos estejam motivados. Enfrentamos uma pandemia e passamos por momentos difíceis. Não paramos de trabalhar e estivemos sempre dispostos a ajudar a comunidade, inclusive no Hospital de Campanha. Existe uma integração muito grande. O 7º BIB é muito bem acolhido e o Exército Brasileiro faz parte da comunidade.”
O comandante deixa uma mensagem de esperança para todos. “Que possamos realmente conseguir passar por este momento que enfrentamos da Covid-19. Que tenhamos dias melhores e nos restabelecer. Sabemos o quanto isso afetou as famílias e a parte econômica. Que a esperança se renove e possamos passar por tudo isso.”
Ana Souza