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Com acordes e harmonias, Toquinho faz música e poesia

Alyne Motta – [email protected]

Antonio Pecci Filho é violonista e compositor de renome. Em suas andanças, tocou ao lado de grandes artistas brasileiros como Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Belchior, João Gilberto, entre outros, para não citar todas as parcerias feitas ao longo da carreira.

Pedro Longhi

O melhor da MPB será com show de Toquinho

Nascido em São Paulo, Brasil, a 6 de julho de 1946. Na primeira infância a mãe o chamava de “meu toquinho de gente”. E o apelido Toquinho permaneceu por toda vida, identificando-o depois como um dos mais expressivos artistas da Música Popular Brasileira (MPB).
Seu lado instrumentista nasceu das mãos de Paulinho Nogueira, aos 14 anos, e a construção de seu lado compositor ganhou as primeiras parcerias com grandes nomes da MPB. Uma das atividades mais prazerosas é aquela praticada nos palcos, só com seu violão ou acompanhado da banda.
Com Edgard Janulo enriqueceu conhecimentos harmônicos e aprimorou em função da amizade com Oscar Castro Neves. O estilo de Baden Powell tornou-se irresistível ao iniciante, que, a fim de burilar a própria personalidade como violonista, buscou em Isaias Sávio a intimidade necessária com o violão clássico.
Já compositor, fez um curso de orquestração com Léo Peracchi. Das amadorísticas apresentações em clubes, colégios e faculdades, ainda adolescente, chegou ao profissionalismo fazendo parte de um talentoso grupo nos anos 60: Elis Regina, Marcos Valle, Tayguara, Tuca, Chico Buarque, entre outros.
Toquinho cultiva até hoje com Chico Buarque uma forte amizade iniciada aos 17 anos, época em que compuseram juntos a canção “Lua cheia”, a primeira melodia de Toquinho a receber uma letra, e que se constituiria, em 1967, na sua primeira canção gravada em “Chico Buarque de Holanda – Volume 2”.

Marcos Hermes

Músico se apresenta na noite de hoje, às 20h

Baseado no trabalho como violonista, Vinicius de Moraes convidou-o, em junho de 1970, para participar de espetáculos em Buenos Aires. Formou uma sólida parceria que esteve junta durante onze anos, 120 canções, 25 discos e mais de mil espetáculos. Entre as composições da parceria destacou-se a canção Aquarela.
Suas composições mais representativas são “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “O caderno”, “A casa”, “O pato”, “Na tonga da mironga”, “Samba pra Vinicius de Moraes” e “Carolina Carol bela”, “Pela luz dos olhos teus”, “Saudade de Elis”, “Corcovado”, e outras tantas de sua carreira.
O conhecido músico faz uma passagem por Santa Cruz do Sul na noite de hoje, 17 de março, acompanhado da Camerata Porto Alegre, sob regência do maestro Telmo Jaconi, abrindo o projeto Música em Movimento, promovido pela Souza Cruz com incentivo da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.
O espetáculo musical tem entrada franca e inicia às 19h, com o show do santa-cruzense Killy Freitas, indicado ao prêmio Açorianos de Música, na categoria instrumental, compositor. Às 20h, a história viva da MPB sobe ao palco, situado entre os Pavilhões 02 e 03 do Parque da Oktoberfest.