Luciana Mandler
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Quem é que não gosta de morangos? Quando o fruto está com sua coloração bem avermelhada e o sabor está adocicado então, melhor ainda não é mesmo? Na região, a produção está a todo vapor e em Santa Cruz do Sul não é diferente. Ao todo, são 20 produtores de morangos que comercializam no mercado local. São 2,50 hectares de área plantada, onde a produção anual é de 46 toneladas, conforme conta o técnico agrícola da Emater, Vilson Pitton.
Entre os produtores do fruto está Carlos Eduardo Waechter, de 43 anos, que reside em Linha Pinheiral, interior do Município. Na propriedade, nem mesmo a aparição de ácaros vai interferir na produção. Há oito anos cultivando o fruto, a estimativa para este ano é de 1.500 quilos, ou seja, 1,5 tonelada.
A produção que iniciou em junho se estende até dezembro e de acordo com Waechter, a projeção é boa, pois o clima está favorável. Diferente do ano passado, quando produziu pouco mais de 500 quilos. Através do cultivo no formato eslebes, sistema protegido, o produtor mantém a produção menos exposta as intempéries.
Quem confirma as condições favoráveis é o técnico agrícola da Emater, Pitton: “durante o mês de setembro o clima não foi muito favorável devido à quantidade de dias com alta umidade e baixa luminosidade, favorecendo o surgimento de doenças. Mas atualmente o clima está bem favorável, com dias de alta luminosidade e noites com temperaturas mais amenas, aumentando o índice de florescimento das plantas”.
DIVERSIDADE
Além dos morangos, Carlos Waechter e a família produzem pepinos, tomates cereja e verduras, entre elas, couve-flor, repolho, beterraba e cenoura. Segundo informações da Emater local, os produtores de tomates cereja são poucos e consequentemente o volume de produção também não é tão expressivo, sendo comercializados nas feiras e mercados locais. Inserido nesta minoria está Waechter, que para os 1.500 pés de tomates cereja plantados, a estimativa de produção era de três mil quilos, ou seja, três toneladas, porém, com a aparição de ácaros a projeção caiu para 2.000 quilos.
Além disso, o produtor não descarta perda nas mudas que não desenvolveram na estufa. O prejuízo deve ultrapassar R$ 700, levando em conta as mudas perdidas, insumos e o que deixou e deixará de comercializar.
Já de forma escalonada, Carlos Waechter plantou 1.000 pés de pepinos para serem comercializados. No entanto, lamenta a queda durante a pandemia, em que as vendas caíram cerca de 30%. “Comercializamos na Feira Rural Central e Cooperativa Regional de Alimentos Santa Cruz (Coopersanta) e no início as pessoas não saíam de casa receosas e logo depois foram suspensas as aulas. Nós ofertamos através da Cooperativa para a merenda escolar. Tudo parou”, lastima.
De acordo com Vilson Pitton, também são poucos os produtores de pepinos no Município. Sendo que alguns comercializam para as agroindústrias locais (principalmente na região de Monte Alverne) e alguns para venda nas feiras.