Imagine tudo o que você pode ver e curtir de beleza natural no interior de nove municípios, em uma extensão de 298 quilômetros. Há casarões de pedra dos anos 1900, árvores imponentes e centenárias, montanhas e vales, vastas plantações e gado manso à beira do caminho. Soma-se a isso a receptividade dos que recebem os viajantes, e oferecem água fresca, lanche, ambientes para repouso e inclusive hospedagem.
Os viajantes, no caso, são ciclistas, que desde o fim de semana podem praticar o Circuito de Cicloturismo Raízes Coloniais. O projeto foi lançado no último sábado, 17, no Sítio 7 Águas, interior de Santa Cruz do Sul, em uma iniciativa promovido pelo Clube Santa Ciclismo, com o apoio de vários parceiros.
O Raízes Coloniais envolve os municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Vale do Sol, Herveiras, Sinimbu, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Vale Verde e Rio Pardo. Quem deseja realizar o percurso, não tem como se perder. Em cerca de 160 encruzilhadas, há placas indicativas e pintura reflexiva, que servirão como orientação e segurança aos cicloviajantes.
Mais informações sobre o percurso estão no site www.raízescoloniais.com No endereço, inclusive, consta o nome das empresas que receberam a placa Ponto Amigo do Ciclista. Os locais cadastrados, que receberam capacitação através da Emater/RS-Ascar, sobre boas práticas de produção de alimentos, oferecem hospedagem, espaço para hidratação e lanches com prévio agendamento.
No ato de lançamento, o presidente da Aturvarp, Djalmar Marquardt, falou da importância do projeto. “Trata-se de uma iniciativa que com certeza vai trazer renda para nossos pequenos produtores, e, a partir de agora muitos outros empreendedores vão querer fazer parte e incrementar ainda mais”, afirmou.
Já o extensionista da Emater, e integrante do Santa Ciclismo, Carlos Corrêa, ressaltou: “O objetivo do circuito é tornar o Vale do Rio Pardo como mais uma opção de cicloturismo no Rio Grande do Sul, através de um produto turístico em função das características naturais, culturais e gastronômicas da região. É um dos mais modernos circuitos do Estado, com a orientação necessária, com suporte do site, e com o seguro de vida e passaporte de viagem para os participantes que confirmarem o login no site do Raízes Coloniais”, esclareceu.
Empreendimentos já habilitados para receber os ciclistas comemoram a iniciativa. É o caso do sócio-proprietário da Hospedagem Rio Thal, Jair Gass, um dos pontos Amigo do Ciclista, que a partir da próxima semana dará início ao empreendimento na sede do distrito de Monte Alverne. “Estamos com a estrutura quase pronta. Temos boas acomodações para atender turistas e ciclistas que vierem para cá”, disse.
Outro Ponto Amigo do Ciclista é a Kaffehaus, empreendimento localizado em Sinimbu. O casarão, construído em 1893, hoje é administrado pelo bisneto da família Hennig, Fernando, e pela esposa, Silvana de Oliveira Busch. O local, além de relíquias antigas, oferece lanche e café aos ciclistas e visitantes.
O Raízes Coloniais é uma iniciativa do Clube Santa Ciclismo, e conta com patrocínio da Sicredi, Germani Alimentos e Aturvarp, além do apoio da Emater/RS, Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, RGE Sul, Amvarp e Unisc.
Totalmente integrado
Luana Ferraz Cardoso
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“Eu também sou Cicloturista, pois também viajo de bicicleta. E dentro da minha experiência eu quis trazer para a região esse circuito, juntamente com os outros coordenadores, Antônio e Giovani, e os patrocinadores. Trabalhamos com calma durante a preparação do projeto com os apoiadores dos municípios, para podermos viabilizar a implementação dele”, destacou Carlos.